O empresário e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), Cláudio Aparecido Zamperlini Júnior foi denunciado na noite deste último domingo (30), por sua ex-mulher, na Divisão Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM). Zamperlini é fazendeiro e produtor rural, sócio da poderosa Citropar Agropecuária LTDA, empresa que atua em diversos ramos da economia paraense, da hortifruticultura, passando pela criação e o comércio atacadista de gado, aves, pescado, assim como com o transporte de cargas. A Citropar tem sua matriz instalada no município de Capitão-Poço.
Zamperline Júnior, como é mais conhecido, foi acusado de injúria contra sua ex-mulher, de prenome Raíssa, que é servidora federal. No B.O, o empresário teve seus atos tipificados no artigo 140 do código Penal, que entende-se como ofensa que venha atingir a pessoa, em desrespeito a seu decoro, a sua honra, a seus bens ou a sua vida.
De acordo com B.O, o acusado teria chamado a vitima de “putinha”, “biscate”, “sua puta”, e de “vagabunda”, termos absolutamente violentos contra qualquer pessoa, principalmente contra uma mulher.

O CASO
A vítima é uma servidora pública federal com quem o acusado teve um relacionamento por quatro anos. Em janeiro deste ano, o empresário procurou a vítima tentando nova aproximação. A vítima de iniciais R.F.R afirma que tinha dado uma nova chance, mas que não deu mais certo. Em abril, o acusado procurou a vítima para tentar uma nova aproximação e contou que tinha conhecido uma mulher que tinha feito da sua vida um inferno. O acusado contou pra vítima que a pessoa com quem ele se relacionou estava perseguindo R.F.R, nas redes sociais e sabia tudo sobre ela.
No dia 30 de abril, a vítima recebeu uma ligação do acusado, fez uma chamada em grupo com a outra mulher com quem ele mantinha relacionamento, chamando a vítima com palavras de baixo calão, como: “putinha, vagabunda, biscate”. O empresário estava sob efeito de álcool. A vítima se sentiu ameaçada e procurou a Delegacia da Mulher, no bairro do Marco, em Belém, para registrar um boletim de ocorrência e solicitar medidas protetivas contra o empresário.
O OUTRO LADO
Segundo o site TN Brasil TV, a redação tentou estabelecer contato com o acusado, porém até o fechamento da matéria não obteve respostas, garantindo que o espaço está aberto para manifestação da parte acusada. O site também tenta contato com a FAEPA para que a mesma se manifeste sobre o caso.
VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
Segundos os dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) somente em janeiro e fevereiro de 2022, o Pará registrou 18.428 ocorrências de violência contra mulher de natureza física, psicológica e sexual.
PROCURADORIA ESPECIAL DA MULHER NA ALEPA
A Assembleia Legislativa do Pará como forma de lutar contra a violência direcionada as mulheres criou a Procuradora Especial da Mulher na Alepa, hoje com a deputada estadual Paula Titan como procuradora.
Desde setembro de 2019, quando foi criada a Procuradoria, foram apresentados 82 Projetos de Leis (PL): 26 ainda estão em tramitação, 40 foram arquivados e 14 foram aprovados e publicados no Diário Oficial, tornando-se leis.
Com informações do TN Brasil TV, do jornalista Taciano Cassimiro.
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