O prefeito de Belém é um arquiteto com especialização em Desenvolvimento de Áreas Amazônicas e mestrado em Planejamento do Desenvolvimento, além de ter um doutorado em Geografia Humana, com a tese “Território e soberania: a Região Amazônica e o processo de privatização da água vista como norma estratégica do globalitarismo”.
Com esse currículo acadêmico e os discursos que já fez sobra a nossa capital, deveria ser o grande líder de um movimento para barrar a vontade dos vereadores que querem aprovar esse projeto que altera a legislação sobre as grandes obras em nossa orla.
PROTESTOS BARRARAM MANOBRA DOS VEREADORES
Na última terça feira, 15, um protesto em frente à Câmara Municipal de Belém contra a votação que pretende derrubar o veto do ex-prefeito Zenaldo Coutinho ao projeto que visava autorizar a construção de prédios em áreas de preservação ambiental na orla da capital paraense.
Na verdade, o que acontece é que já há um grande supermercado varejista e atacadista na orla e agora os vereadores estão sendo cooptados para mexer no Plano Diretor de Belém, para dar legalidade ao empreendimento.
Segundo lideranças do Movimento Frente Salve a Amazônia, desde o início de 2021, já teriam ocorrido três tentativas de inserir o projeto de lei complementar na votação dos vereadores.
Os manifestantes pressionaram os vereadores a manter o veto e deu resultado: A CMB retirou o veto ao Projeto de Lei Complementar 01/20 da pauta do dia.
Em matéria do jornal O Liberal e no G1, o vereador Fernando Carneiro (PSOL) argumenta que o projeto é “bastante pernicioso para a cidade porque permite a privatização ainda maior da orla”.

CONSTRUÇÃO ILEGAL
Na gestão de Zenaldo Coutinho (PSDB), a Prefeitura de Belém atendeu recomendação da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Belém e suspendeu o alvará de obra do muro e a autorização de supressão vegetal pelo “Atacadão”, localizado no Portal da Amazônia, localizado na orla da cidade, mais exatamente no bairro da Cidade Velha. A Recomendação conjunta é de iniciativa dos promotores de Justiça Raimundo de Jesus Coelho de Moraes e Nilton Gurjão das Chagas e foi encaminhada às Secretarias Municipais de Meio Ambiente e de Urbanismo.
A construção desses grandes empreendimentos comerciais vai gerar um tráfego de caminhões e muitos terão que passar pelo centro histórico da cidade, sem falar que o método em foi feito essa votação, que não seguiu nenhum rito estabelecido pelo estatuto da cidade, para que fossem ouvidos a sociedade, especialistas, conselhos, órgãos que tratam do patrimônio histórico, urbanístico, etc.
Fernando Carneiro, vereador do PSOL
Cabe lembrar, que, embora o vereador Fernando Carneiro seja do PSOL, mesmo partido do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, este último tem se acovardado e evitado emitir opinião sobre a derrubada do veto do ex-prefeito, que em seus últimos dias de seu mandato, rejeitou o projeto aprovado na Câmara Municipal de Belém.
“Será que Edmilson Rodrigues tá com o rabo preso”, indaga um leitor do nosso portal.

Saiba mais sobre o assunto, no bate-papo sobre os jornais e blogs, do Zé Carlos do PV: