terça-feira, junho 6, 2023
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Ursula Vidal é apontada como um dos entraves para PSOL e Rede formarem uma federação nas eleições de 2022

Dirigentes do PT, PCdoB e PV participaram de mais uma rodada de conversas nesta quarta-feira (26), dando continuidade aos detalhes para formalizarem a federação partidária, que visa disputar as eleições deste ano, tanto para presidente, quanto para governos estaduais. O encontro avançou nas definições de como será o comando da federação que essas legendas pretendem formar, para atuar em conjunto pelos próximos quatro anos.

“Os partidos formarão um colegiado onde cada um terá um número de representantes proporcional ao número de votos de cada sigla na Câmara dos Deputados,  já que é a mesma regra que coordena outras regras, como fundo eleitoral e tempo de TV”, explicou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

A direção da frente será composta por 50 integrantes, sendo que o PT ficará com 27 cadeiras e o PSB, com 15. O PCdoB e o PV terão, cada um, 4 vagas. Uma regra está sendo pensada para que todos os partidos menores sejam ouvidos.

Em outra frente REDE e PSOL dialogam para superar as questões que ainda estão sendo dirimidas para o fechamento da aliança, que também se transformará em uma nova federação.

Matéria do portal O Tempo afirma que os partidos estão tendo dificuldades para fechar a aliança, sobretudo por causa de entraves internos na negociação, sendo que um deles é apontado como principal: A presença de Ursula Vidal (Rede) na relação com Helder Barbalho (MDB), o que tira do PSOL a possibilidade de indicar um nome para a disputa pelo governo do Pará, tendo que ter que apoiar, por osmose, a reeleição de Helder.

O PSOL e a Rede Sustentabilidade têm arestas estaduais a serem aparadas para constituir uma federação partidária. Embora os entraves não sejam considerados tão críticos quanto aqueles enfrentados por PT e PSB, os partidos precisam solucionar impasses no Pará, em Minas Gerais e no Espírito Santo. Além disso, o posicionamento na disputa presidencial pode ser um problema, já que o PSOL está inclinado a apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Rede está dividida entre Lula e Ciro Gomes (PDT). A legenda está na base de alguns governos, como no Pará. Por outro lado, o objetivo do PSOL é ter candidaturas próprias na maioria dos Estados. “Até porque também nos interessa pelo tema da disputa do coeficiente eleitoral. Então, o palanque estadual, para um partido como o nosso, ajuda. E, no Pará, não é diferente. Eu diria até que no Pará isso ganha mais relevância pelo fato de o partido dirigir a prefeitura da capital”, explica o presidente do PSOL de Minas Gerais, Cacau Pereira, em referência ao prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

O principal impasse está justamente no Pará. Naturalmente, o PSOL quer aproveitar o palanque de Edmilson para lançar um pré-candidato ao Parque da Residência, assim como reeleger a deputada estadual Marinor Brito e a deputada federal Vivi Reis. Porém, a Rede integra o governo Helder Barbalho (MDB), que é pré-candidato à reeleição. Inclusive, a secretária de Cultura, Ursula Vidal, é filiada à Rede e é pré-candidata a deputada federal. 

Matéria do portal O TEMPO.

Em consulta a um membro nacional do PSOL, sobre o fato de Ursula Vidal ser um entrave nas conversas entre REDE e o partido, a fonte nos pediu para não ter seu nome citado e respondeu o seguinte:

“Realmente tem algumas questões em alguns estados mas, no Pará, as questões apresentadas na matéria não interferem. Entendemos as diferenças entre o psol e a rede e a Ursula é uma secretária que aproxima o governo Helder, inclusive, de pautas defendidas pelo psol, o que, naturalmente, a coloca no palanque do Helder”.

Fonte ligada à Rede no Pará também se manifestou, mas pediu anonimato:

A federação será somente PSOL e Rede. A conversa está bem adiantada. Quem está negociando é Heloísa, porta voz nacional da Rede. Marina, que não faz parte da comissão, está encrencando porque quer dar a palavra final dos estatutos e no programa.

Já essa federação do PT é morte súbita para PV, PCdoB e qualquer outro “miudinho” que entrar. Pode até eleger alguém (não é o mais provável), mas se eleger perde o controle aonde o mandato, que passa a ser ordenado pelo PT.

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