Após quase dois meses de braços cruzados e tentando negociação com o governo estadual por melhorias salariais, trabalhadores grevistas da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) aumentaram a temperatura das ações e fecharam por volta das 10h30 desta terça-feira (23) a Avenida Almirante Barroso, sentido São Brás, à altura da Avenida Dr Freitas, no bairro do Marco, às proximidades da sede do poder Executivo estadual. Os veículos estão desviando o fluxo pela avenida Dr. Freitas.
De acordo com um comunicado distribuído à imprensa, o Sindicato dos Urbanitários do Pará reúne desde às 9h, em assembleia, trabahadores e trabalhadoras grevistas em frente à Casa Civil do Governo do Estado, na avenida Dr Freitas esquina com a Rômulo Maiorana, em Belém.
Os manifestantes exibem faixas e cartazes durante a mobilização em frente à sede do poder Executivo estadual. Duas faixas têm os seguintes dizeres: “Fora Dep. Priante da Cosanpa” e “Estamos em greve. A culpa é do Helder”.


HISTÓRICO E AS REIVINDICAÇÕES
No dia 17 de agosto, devido à pressão da interdição da avenida Dr Freitas pelos grevistas, o chefe da Casa Civil, Luiziel Guedes, chamou os dirigentes sindicais para uma reunião. Também participaram da reunião a diretora de Gestão da Cosanpa, Fernanda Paes, o procurador geral do Estado, Ricardo Sefer e o ouvidor do Estado, Arthur Souza. Na ocasião, o Sindicato apresentou as reivindicações de reposição salarial e nas demais cláusulas econômicas, o governo ficou de dar uma resposta, mas até a manhã desta segunda-feira, 22, nada foi dito.

INTRANSIGÊNCIA
De acordo com o comando da mobilização, a greve que completa 50 dias, será intensificada esta semana. “O governo Helder Barbalho precisa deixar a intransigência de lado, dialogar com os trabalhadores, via o Sindicato dos Urbanitários, e fazer a reposição salarial dos trabalhadores e trabalhadoras, a exemplo do que fez com os bancários do Banpará”, diz um trecho do comunicado.
Enviamos um pedido de nota ao Governo do Estado a fim de saber se os grevistas serão atendidos pelo chefe da Casa Civil, Luziel Guedes, e representantes da Cosanpa.
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