A tartaruga-gigante ou tartaruga-de-couro registrada em um vídeo na praia da Corvina, em Salinópolis, no início da tarde da quinta-feira (9), movimentando-se na faixa de areia próxima à praia do Maçarico, está sendo monitorada por equipe técnica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do Projeto Suruanã. O registro é considerado raro devido o animal fazer parte da lista de extinção de órgãos ambientais.
SURUANÃ
Desde fevereiro de 2022 em Salinas, o projeto Suruanã desenvolve ações de mapeamento, monitoramento, recuperação e conservação de tartarugas marinhas no litoral, num trabalho.preventivo e de educação junto à população e a visitantes. De acordo com a coordenadora do Suruanã, a bióloga Josie Figueiredo, os pescadores avisaram da presença do animal marinho, de aproximadamente 1,80 m, que teria percorrido oito metros na faixa em busca de um local para depositar os ovos.
“A ocorrência foi no início da noite, a maré estava enchendo. Os pescadores nos avisaram e fomos lá, mas ela já tinha retornado para a água”, conta a coordenadora, que é pesquisadora – colaboradora da Universidade Federal do Pará (Ufpa). A entidade ambiental passou a moniorar o local do aparecimento da tartaruga. A expectativa é que a espécie procure outras praias da região ou até mesmo retorne à Corvina para .
ORIENTAÇÃO
A equipe do projeto Suruanã é formada por biólogos, oceanógrafos, médicos veterinários e técnicos de educação ambiental, sendo que alguns atuam de forma voluntária. Nos próximos dias, a equipe deve veicular mensagens nas rádios de Salinas, a fim de orientar a população quanto aos cuidados diante dos possíveis aparecimentos de tartarugas nas praias do município.
Josie informou à nossa reportagem que o projeto Suruanã desenvolve ações juntamente com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Salinópolis e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – bio. A Ponta da Sofia, localizado à direita da praia do Atalaia, recebe atenção da equipe técnica do projeto.
COMPORTAMENTO
Possivelmente, a aproximação dos pescadores, com uso de luz, possa ter assustado a tartaruga, que estava à procura de um local para fazer a reprodução. “Eles não sabiam, não foi culpa deles”, contou a coordenadora sobre o comportante dos frequentadores da praia da Corvina diante do animal marinho. A coordenadora fala da parceria com as comunidades de pescadores para a preservação da espécie.
Entidade atua desde fevereiro de 2022 em Salinópolis no mapeamento, monitoramento, recuperação e conservação de tartarugas marinhas. Nos próximos dias, o projeto Suruanã vai divulgar mensagens educativas nas rádios de Salinópolis. (Reprodução – Facebook)
CASOS
Embora raras, as ocorrências tartarugas-gigante já foram registradas em anos anteriores no litoral paraense e até em água doce, caso da Ponta da Sofia, na praia do Atalaia; na ilha de Algodoal e no distrito de Mosqueiro. Nos dois primeiros casos, as tartarugas não resistiram.
A espécie tem o nome científico Dermochelys coriacea. Segundo a Fundação Projeto Tamar, o animal habita zonas tropicais e temperadas dos Oceanos Atlático, Pacífico e índico. Respectivamente, o tamanho e peso podem chegar a 2,2 metros e 700 quilos. Possui uma coloração preta ou cinza com pequenas manchas brancas. A textura e aparência se assemelham com couro.
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