Com uma doença neuromotora degenerativa, o general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército e atual assessor do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do Palácio do Planalto, corre risco de não falar mais e tem testado tecnologias para substituir o ato da fala.
Em meio a outras alternativas, o militar contou em entrevista ao SBT que foi apresentado ao canabidiol –um dos 113 compostos encontrados na maconha– e, apesar de não usá-lo, defendeu o uso do medicamento e falou em “hipocrisia social” ao mencionar as dificuldades de quem precisa no acesso ao tratamento.
“Eu não entendo por que ao mesmo tempo que tem gente lutando aí, defendendo a legalização da maconha, está tão difícil se obter esses medicamentos para efeito medicinal. Eu acho, de certa forma, até uma hipocrisia social e vejo a luta de algumas pessoas que dependem disso para minimizar sintomas de efeitos de algumas doenças que têm dificuldade”, disse o general com dificuldade para respirar.
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Ele afirmou que vai abrir um instituto com sua filha Adriana para ajudar pessoas que sofrem com doenças incapacitantes, assim como ele. Enquanto isso, já começou a usar a navegação na internet sem as mãos e testa três tecnologias diferentes.
Villas Bôas deixou o comando do Exército no começo deste ano e passou o bastão para o general Leal Pujol. Durante a cerimônia de despedida, ele chorou e foi abraçado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e fez um discurso em que disse que 2018 foi ano “desafiador para as instituições e para a identidade nacional”.
Via UOL.