Em meio à notícia do primeiro caso de contaminação de um paciente com o COVID-19 no Pará, o ex-governador Simão Jatene publicou em suas redes sociais, um Balanço do que realizou na área da saúde pública, nos anos em que governou o Estado.
Leia o mais novo artigo de Simão Jatene:
Amigas amigos,
Entendo que um dos problemas da nossa sociedade, é o baixo sentimento de “pertencimento coletivo”, resultado da velha política clientelista, paternalista, personalista, etc.
Essa incompreensão do que significa “nosso”, dificulta entender a “coisa pública” como algo financiado por todos, logo, todos tem o direito de usar mas também o dever de cuidar. Entretanto, ninguém é dono em particular,
Amigos e amigos,
Com objetivo de contribuir para esse entendimento, e demonstrar que a sociedade é maior que o indivíduo e o Estado, e esse maior que o governo, o qual, por seu turno, deve ser maior que o governador; passamos a valorizar nossa bandeira e hino, acabando com os slogans e logomarcas, que valorizam o personalismo.
Nas obras mais importantes, determinamos que ao lado da placa oficial de inauguração, também fosse afixada uma placa com o nome dos operários que trabalharam na obra. E, por inúmeras vezes, transferimos aos secretários e dirigentes de órgãos a honra de inaugurações, no desejo de ajudar a diminuir e fugir da doentia prática do “eu sou”, “eu faço”, tão a gosto de certos políticos.
Entretanto, devo admitir que esse comportamento, aliado ao esforço de controlar os gastos com publicidade, como indica o fato do atual governo ter gasto, em 2019, uma vez e meia o que gastamos em 2018, pode ter levado a muitas pessoas não terem uma idéia melhor do quanto foi feito com os seus impostos, e como foi importante a participação de todos para a construção desse legado.
Assim, não por vaidade, mas para que conheçamos e defendamos cada conquista, vamos fazer algumas postagens para relembrar o que fizemos juntos, a partir de um Projeto que contou com a participação de muitos, enfrentou dificuldades, teve acertos e erros, e se não resolveu muitos dos nossos desafios, inegavelmente, mudou para melhor muita coisa em nosso Estado.
Foram centenas de obras. Estradas, hospitais, pontes, escolas, energia, etc, além de importantes projetos sociais como: Cheque Moradia, Banco do Cidadão, Pro-Paz, etc.que mudaram a vida de milhares de pessoas, sem perseguição ou demagogia barata, e sem reeditar a velha prática do “rouba mas faz”, que tanto mal fez ao nosso Estado e País.
Amigas e amigos,
Isso posto, vamos iniciar lembrando o que fizemos juntos na área de saúde.
Quem não lembra, que até 2003, com mais de 6 milhões de habitantes e distâncias continentais, o Pará, possuía apenas 3 grandes hospitais públicos de alta complexidade e todos localizados em Belém.
Em 12 anos, criamos uma rede de HOSPITAIS REGIONAIS, para facilitar a vida das pessoas que moram no interior e melhorar o atendimento na Capital. Implantamos, na média, mais de um hospital por Ano.
Implantamos os hospitais:
Metropolitano em Ananindeua
Regional do Sudeste em Marabá
Regional do Sul em Redenção
Regional dá Transamazônica em Aitamira
Regional do Baixo Amazonas em Santarém
Regional da Belém/Brasilia em Paragominas
Regional do Marajó em Breves (concluído pela Gov. Ana Júlia)
Regional da Pa 150, em Tailândia
Materno Infantil em Barcarena
Hospital Regional em Capanema
Hospital em Ipixuna
Hospital Abelardo Santos em Icoaraci/ Belém
Hospital Galileu. No limite Belém/Ananindeua
Hospital Jean Bittar – Belém
Hospital Oncológico Infantil
Nova Santa Casa. Belém (iniciada pela Gov Ana Júlia)
Hospital Regional do Tapajós – Itaituba (em fase de acabamento)
Hospital Regional em Castanhal – (em construção)
Policlínica na UEPa, (em acabamento)
Conseguimos implantar mais de Um Hospital por Ano sem falar no Centro de Hemodiálise Monteiro Leite, que ajudou a diminuir o sofrimento de renais crônicos que ficavam em infindáveis filas. Ou, no moderno Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação – CIIR, para atender pessoas com deficiência.
Porém, fomos além. Implantamos as faculdades de Ciências Médicas e cursos de Medicina em Santarém e Marabá e requalificamos vários hospitais municipais.
Melhoramos a qualidade do atendimento a ponto de em 2016, revista de circulação nacional apontar que entre os 10 hospitais públicos de excelência no Brasil dois estavam no Pará. Feito que se expandiu nos anos seguintes.
https://exame.abril.com.br/brasil/estes-sao-os-34-hospitais-publicos-de-excelencia-no-brasil/
Amigas e amigos,
Sabemos que a Saúde continua sendo um grande desafio, mas imaginemos se nada disso tivesse sido feito, por isso, agradeço a cada paraense a confiança de nos ter permitido participar dessa fantástica aventura.