domingo, abril 2, 2023
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Servidor denuncia assédio moral e perseguição no Instituto Evandro Chagas

Denúncia de assédio moral e perseguição política dentro do Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão vinculado ao Minisério da Saúde (MS), chegou em nossa redação e apresentada pelo servidor Glailson Santos, que devido a defesa em favor do Instituto e dos trabalhadores da instituição, estaria sofrendo represálias, chegando inclusive a ser submetido a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), aberto em março. O processo, segundo ele, tem o sentido sumário e com a única intenção de demití-lo.

Glailson que é assistente técnico de gestão e pesquisa, luta para não ser demitido. Em um vídeo publicado no Facebook, o funcionário público federal se manifesta na entrada do órgão, localizado na BR 316, em Ananindeua. Apoiado por um grupo de servidores, Glailson expôs a suposta perseguição que estaria sofrendo pela direção do IEC. Uma faixa como a inscrição ‘Ato de solidariedade a Glailson Santos e contra o assédio moral e perseguição política no IEC’ foi fixada no muro da instituição.

Glaison alega que a direção formalizou um “processo covarde”, onde ele é acusado de “inassuidade habitual” e “abandono de emprego”. O servidor alega ainda que em 2017, sua chefia negou a justificativa de sua não presença durante o processo de mudança do aparelho de registro de ponto, o que teria ocasionado faltas, decisão refutada pelo funcionário. Ele diz ter apresentado documentos comprovatórios das atividades desenvolvidas pela entidade sindical em que atuava. Foi diretor do Sindicato Público Federal do Estado do Pará (Sintsep-Pa) de 2016 a 2019.

Operações e prisão

O assistente técnico lembra que em 2020, o Instituto Evandro Chagas foi alvo de duas operações que envolveram Polícia Federal, CGU e MPF. As operações Parasita e Hospedeiro culminaram com a prisão de funcionários, dentre os quais o então vice-diretor do órgão, Márcio Roberto Teixeira. A denúncia do MPF apontou para um esquema de fraude e de superfaturamento na compra de insumos laboratorias, que teriam desviado R$ 30 milhões do órgão no período de 2011 e 2018. A empresa, segundo as investigações, chegaram na empresa Ferpel Comércio e Representação, que teve a prisão de uma funcionária.

Dentre as críticas feitas pelo servidor, apoiada na avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), que remete a 2018, ano em que o número do chamado índice geral de governança do IEC teria ficado em 0,7, em uma escala de 0 a 10, segundo o técnico do instituto. Falta de transparência e de controle social por parte do IEC estariam entre as deficiências avaliadas pelo TCU.

“O Intituto Evandro Chagas é um dos centros de pesquisa em saúde mais importantes da Amazônia e infelizmente tem sido alvo de investigações da PF (Polícia Federal) por conta de supostos desvios milionários de recursos. Como além de ser um ativista sindical, tenho denunciado a necessidade de incrementar a transparência e o controle social na gestão da instituição para evitar qualquer tipo de desvio na nobre finalidade de nossa instituição, acredito que a truculência com a qual está sendo conduzido meu processo pode ser uma represália contra esse tipo de cobrança”, enfatiza.

Ataques virtuais

Em 13 de abril de 2022, o servidor registrou um boletim de ocorrência na Dvisão de Combate a Crimes Contra Direitos Individuais por Meios Cibernéticos da Polícia Civil devido a criação de um perfil fake no Facebook com o seu nome.

O portal fez contato com o Instituto Evandro Chagas e aguarda esclarecimento sobre a denúncia apresentada pelo servidor.


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