quarta-feira, junho 7, 2023
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Sem encontrar Jatene, Doria janta com Helder e recebe apoio do PSDB

O deputado federal Nilson Pinto e o ex-prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro foram as principais lideranças tucanas na recepção do governador João Doria em Belém, onde o paulista veio fazer sua campanha para ser escolhido pelo PSDB como candidato a presidente da república, nas eleições de 2022.

Doria recebeu o apoio de Nilson Pinto e demais dirigentes do Diretório Estadual, onde ele é o presidente, para a campanha do governador paulista nas prévias que devem escolher o candidato do PSDB à presidência, no dia 21 de novembro.

Nas eleições de 2018, Doria foi um dos principais apoiadores de Jair Bolsonaro. Hoje é um dos principais inimigos políticos e com que troca farpas quase que diariamente.

A CRISE E O RACHA NO PSDB PARAENSE

Apesar do destaque que ganhou na imprensa paraense, até o fechamento desta matéria, a visita do governador paulista não foi sequer divulgada em suas redes sociais, onde internautas estranharam a ausência de lideranças políticas do PSDB paraense, como o ex-governador Simão Jatene, o ex-senador Flexa Ribeiro e o ex-prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.

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Em nenhum veículo de imprensa tratou-se do fato de que Jatene está em campanha aberta para ser o candidato ao governo do estado nas eleições que se avizinham e por isso, o PSDB paraense também deverá colocar em discussão se terá ou não candidatura própria.

É aí que reside a crise interna que racha o partido e tem tirado o sono dos interlocutores tucanos: Apoiando Helder Barbalho, terá o PSDB as condições de ter uma candidatura própria, como a de Jatene, Flexa Ribeiro, Zenaldo Coutinho, que se colocam em oposição à aliança tuca com o governador do Pará?

O PSDB está realmente disposto a perder um candidato forte e articulado como Jatene, que poderá escolher outro partido e levar consigo uma boa leva de tucanos? As respostas não são simples, mas precisam ser buscadas, antes de afobados darem como certa, a renúncia do PSDB em ter candidato nas eleições para o governo do Pará em 2022.

O APOIO A DORIA SERÁ TESTADO EM NOVEMBRO

Doria disputa com outros nomes, a possibidade de ser o escolhido pelo PSDB de ser aquilo que ele mesmo chamou de terceira via, na corrida que tem Lula na liderança e Bolsonaro logo em seguida, na luta pela Presidência da República em 2022.

Para receber Dória, Nilson Pinto convocou os parlamentares tucanos, Ana Cunha, Cilene Couto (Líder do governo na ALEPA) e Victor Dias, três dos quatro deputados estaduais do PSDB paraense e uma parte da militância tucana, no encontro realizado no Grand Mercure Hotel, em Belém.

O deputado estadaul Luth Rabelo, sinalizando que os rumores de que está saíndo do PSDB rumo ao PL é uma possibilidade concreta.

Lá, Dória dançou carimbó e fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro e disse que o PSDB precisa de um candidato vencedor para voltar a crescer, referindo-se ao fato de que o PSDB governou o Brasil por 8 anos, quando FHC conseguiu ser eleito e reeleito presidente, tendo como baluarte de suas vitórias, o sucesso do plano Real.

O encontro serviu para sinalizar que Dória tem o apoio do presidente dos tucanos no Pará, Nilson Pinto e a maioria dos membros do Diretório Estadual, além da bancada do PSDB na ALEPA e dos prefeitos que o partido tem no Pará, onde pretende conquistar a hegemonia entre os 25 mil votos dos tucanos filiados no Pará, para sua disputa nas prévias do partido.

Há oito meses da eleição da prefeitura de São Paulo em 2016 eu tinha 1% das intenções de voto.  Vencemos com 53%, no primeiro turno. A primeira vez na história. Na eleição para governador, novamente eu era o franco favorito. A perder. E ganhamos. 

João Dória, em discurso para a platéria tucana, nesta sexta-feira, 10, em Belém do Pará.

Entre os principais concorrentes de Dória, estão: O governador gaúcho Eduardo Leite, o senador cearense Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus, capital do Amazonas, Arthur Virgílio Neto.

O Brasil tem demonstrado nas ruas que quer mudança, nas pesquisas de opinião também. Mostrado que não aceita nem o psicopata e nem o corrupto. Queremos um presidente da república com capacidade de gestão e seriedade, que não viva de bravatas e encare os problemas. O PSDB tem este candidato.

Nilson Pinto, ao se referir ao governador de São Paulo, João Dória durante sua visita ao Pará.

Em pré-campanha para o senado e contando com o apoio de Nilson Pinto, o ex-prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro compareceu ao evento e reforçou o pedido de apoio e o voto dos tucanos presentes na reunião para João Dória, dizendo que ele é “100% Dória e 100% PSDB 45”.

Foi assim a minha vida toda. Sempre me colocando a disposição do partido, como vice-prefeito como deputado, em 2018 e vai continuar assim. Disputei 11 eleições e 8 delas pelo PSDB. Vou disputar mais uma. Sinto que agora é a nossa hora.

Manoel Pioneiro, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Ananindeua por 16 anos e agora pré-candidato ao senado.

Logo após o evento com os tucanos, Dória jantou com o governador Helder Barbalho, com quem ninguém sabe dizer ao certo do que foi tratado.

Tenho uma relação muito fluida e muito democrática com o MDB e pessoalmente com o governador Helder Barbalho. Portanto, o apoio que estamos recebendo dele é um apoio importante, significativo. Não quero interferir na política local e nem me cabe fazer isso. As decisões locais são locais. Mas fico contente com o que ouvi ontem do governador Helder Barbalho mesmo ele sendo de outro partido, manifestando seu apoio ao nosso nome nas prévias do PSDB.

João Dória.
Tendo vistado o Pará apenas cinco vezes, três delas durante o Círio de Nazaré, o governador de São Paulo lembrou que em Setembro de 2017 foi agraciado com o título de “Cidadão de Belém” e a medalha ‘Brasão D’armas’ da Câmara Municipal, proposto pelo vereador Mauro Freitas, hoje no PSDB, mas na época ainda filiado ao PSDC.

“O Pará não é parte do problema. É parte da solução do Brasil”, disse Doria ao concluir seu discurso e partir para Manaus, onde também foi fazer mais uma rodada em busca de votos dos tucanos amazonenses.

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