Matéria jornalística sobre a nomeação de Délio Gomes Moreira, filiado ao MDB, para o comando do IML de Altamira, acendeu uma crise no órgão estadual daquele município e se espalha para outras unidades do estado. É que o nomeado não tem experiência na área de perícia criminal e mesmo assim foi nomeado pelo governador Helder Barbalho para chefiar a equipe de servidores, que agora ameaçam paralisar suas atividades até que alguém competente assuma a função.
Segundo os técnicos da perícia criminal do estado, os quais são formados e concursados na área, essa foi a primeira vez que um governo nomeou alguém sem a mínima experiência para comandar um órgão tão estratégico para solucionar crimes, emitir laudos e realizar perícias de extrema importância para a lisura de investigações e apuração de denúncias.
Além disso, o IML pode ser usado para maquiar números, como aqueles que são apresentados com uma suposta redução da morte por crimes violentos, entre outras irregularidades, caso o comando do órgão fique submetido à indicações políticas, ainda mais essa, onde o diretor é ligado ao mesmo partido do governador.
Para os servidores, a nomeação político-partidária revela o que chamam de desmonte da perícia criminal oficial do estado do Pará.