Polícia Civil do Estado do Pará acaba de dar como encerradas as investigações sobre o caso que chocou o Pará.
Até agora, as suspeitas eram de que uma moradora de rua foi atacada por dois marginais, que teriam fugido em uma bicicleta, após tocarem fogo em todo o corpo da vítima, mas isso não passou de uma especulação, já descartada pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará.
Ao verem outras câmeras de segurança da avenida Senador Lemos, no bairro do Telégrafo, onde ocorreu o sinistro e conversar com a família de Rosimeire Maciel de Abreu, de 45 anos, a polícia descobriu que ela sofre de esquizofrenia há mais de 10 anos, tendo inclusive laudo que atesta a doença.
Por não seguir a rotina medicamentosa, Rosimeire sofre crises e surtos psicóticos – passando a morar na rua – como o último, na madrugada desta última terça-feira, 18, quando jogou alcóol contra o próprio corpo e saiu correndo pelo meio das ruas, totalmente em chamas.
A tentativa de suicídio é apontada como um problema grave em pessoas que sofrem distúrbios psicológicos, como Rosimeire.
A vítima segue internada no Hospital Metropolitano, em Ananindeua, onde recebe cuidados especiais devido às graves queimaduras por todo o corpo, mas não corre risco de morte.
Nota do redator: Algo precisa ser feito pelas autoridades e setores da vigilância em saúde pública para ajudar essas pessoas e suas famílias, pois em surto, elas podem morrer e até matar. Tanto que é comum vermos pessoas que furtam algo ou agridem pessoas pelas ruas e acabam sendo agredidas e linchadas por populares. Quando a polícia prende, descobre que muitas vezes se trata de pessoas que passaram por surto psicótico, sem qualquer discernimento sobre o certo ou o errado.
É muito sofrimento, tanto para quem tem as doenças mentais, quanto para suas famílias, muitas vezes sem condições de mantê-las em casa.
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