O prefeito de Baião, Lourival Menezes, popularmente conhecido por Dr.Loca gravou vídeo na tarde deste domingo (23) apelando por ajuda aos mais de 19 mil cidadãos do município que estão passando maior sufoco e precisando de apoio para superar os problemas causados com a enchente do rio Tocantins e seus afluentes.
Distante de Belém há 265 quilômetros, o município de Baião é localizado na mesorregião do Baixo Tocantins e decretou na última sexta-feira (21), situação de emergência na cidade devido às chuvas intensas que atingem o município.
A enchente dos rios causou a destruição de pontes e a invasão das marés em centenas de residências e terrenos. A falta de energia, que já dura quase uma semana, também é outro problema que atinge a população de Baião, segundo relata uma moradora que envilou o vídeo abaixo:
Segundo o prefeito, são cerca de 19.650 pessoas atingidas, das quais 240 estão na sede do município, 4.800 famílias na zona rural e 1.200 ribeirinhos, que por morarem nas beiras dos rios, estão desalojados. Dr. Loca também relata que 780 km de estradas do município estão intrafegáveis e em algumas partes debaixo d’água. Há também o deslizamento de terra nas encostas dos rios causando risco de morte, principalmente para a população da zona rural, que reside nessas localidades.
Passada quase uma semana, nenhuma autoridade aparaceu por lá, e nem enviou ajuda. Por isso, diante o quadro de calamidade, o prefeito gravou o vídeo onde pede ajuda ao presidente Jair Bolsonaro e ao governador Helder Barbalho, para que os atingidos recebam alimentos, remédios, alojamentos e a inserção das famílias ao programa “Recomeçar”, que segundo o prefeito, pode ajudar as famílias atingidas com um salário mínimo.
Baião faz parte do Estado do Pará, faz parte do Brasil. Governador, presidente da República, nos ajude. Precisamos de ajuda para recomeçar a vida dessas famílias atingidas e trazer a paz e a dignidade ao povo de Baião.
Dr.Loca, prefeito de Baião.
O Decreto Nº 011/2022 informa que os dados coletados do pluviômetro do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vem mostrando um acúmulo de aproximadamente 1065,2 milímetros de chuva. O registro vem sendo monitorado desde o mês de novembro do ano passado e segundo a prefeitura, de lá pra cá, a situação só tem agravado.
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