quarta-feira, junho 7, 2023
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Por mais de 10 doláres a dose, governo do Pará compra 1 milhão de vacinas

Além de Helder Barbalho (MDB-PA), os governadores Camilo Santana (Ceará), Wellington Dias (Piauí), Renato Casagrande (Espírito Santo), foram recebidos por João Dória (São Paulo), em ato público na capital paulista, para informar a aquisição da vacina Coronavac, produzida pelo instituto Butantan.

O estado do Mato Grosso também será contemplado com doses da vacina comercializada pelo mesmo preço que é vendida para o Ministério da Saúde.

O governador do Pará festejou a possibilidade de comprar da vacina diretamente com o Instituto Butantan, pelo mesmo valor que o governo federal pagava por dose: US$ 10,30.  

Existe uma defasagem de entrega de vacinas (por parte do governo federal), de 1,4 milhões de doses, por isso, é hora de somarmos esforços. Nós não podemos ficar aguardando. Devemos somar aquilo que vem do Ministério da Saúde com o que o Governo do Estado se dispõe a adquirir para que possamos ter um volume significativo e imunizarmos toda a nossa população.

Nós faremos a busca por todos os públicos adultos que já foram chamados mas que, por algum motivo, não vacinaram. Além disto, vamos dialogar com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para saber sobre o aceite de utilização como terceira dose para os idosos, assim como aguardar a sinalização, também por parte da Anvisa, se ela poderá ser aplicada em jovens de 17 a 12 anos.

Helder Barbalho, governador do Pará.

SPUTINIK V NÃO VEIO

Em Março deste ano, o governador Helder Barbalho assinou um contrato com o Fundo Soberano Russo (RDIF) que autorizava a aquisição de 3 milhões de doses da vacina russa Sputnik V.

Naquele momento, Helder disse: “Com estas vacinas renovamos a esperança para ampliar o maior número de pessoas vacinadas em nosso Estado, garantir saúde, a vida e a retomada da economia. Que possamos vencer esta pandemia, vencer o novo coronavírus. Este ato faz com que cada um de nós possa ter a esperança reacesa e a garantia da vitória. Vamos, juntos, vacinar a nossa população, vacina para todos”, garantiu o governador.

No entanto, nenhuma dessas vacinas chegou ao Pará. É que órgãos como a OMS ainda não aprovaram o uso internacional dos imunizantes da Rússia.

No Brasil, ainda em Abril a Anvisa barrou a importação da vacina Sputnik V, alegando que a avaliação de dados disponíveis pela fabricante apontava falhas no desenvolvimento e na produção do imunizante.

“Há ausência ou insuficiência de dados de controle de qualidade, segurança e eficácia do produto”, relatou a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

PREFEITO DE BELÉM PROMETEU E NÃO COMPROU

Em meio à busca de mídia positiva, o prefeito de Belém prometeu em maio deste ano, que compraria a vacina contra a covid-19 de Cuba e da China.

Sem querer ficar para trás dos “promesseiros de vacina”, Edmilson Rodrigues (PSOL) foi mais além e disse que criaria um laboratório municipal para garantir fórmulas para campanha de imunização da população da capital paraense. A promessa sequer foi para o papel.

Em Brasília, o prefeito de Belém do Pará, Edmilson Rodrigues se reuniu com o embaixador cubano, Rolando Gómez González para negociar a compra da vacina Soberana 02 contra a covid-19 – Agência Belém

A nossa pretensão é ter um laboratório municipal que seja desenvolvido pelos profissionais de Belém, mas também que possa estabelecer processos de cooperação científica e tecnológica com o setor técnico-científico cubano e com outros países.

Edmilson Rodrigues, prefeito de Belém, em Maio deste ano.

Além da vacina cubana “Soberana 02”, Edmilson iniciou tratativas com os chineses para adquirir doses da vacina desenvolvida pelo laboratório Sinopharm. No entanto, nenhuma das duas vacinas chegou à Belém e todas as doses usadas pela prefeitura municipal na vacinação da população foram compradas e enviadas pelo Ministério da Saúde.

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