Ainda repercute na imprensa local, e nas redes sociais, o caso do cachorro morto a tiros por um policial militar, na noite de ontem, 13, no bairro da Cabanagem, em Belém.
O fato gerou revolta na vizinhança, e após os donos do animal registrarem boletim de ocorrência na delegacia do bairro, o caso chegou na Promotoria de Justiça Militar.
Segundo as informações preliminares, o adolescente de 14 anos, filho da dona do animal, estava passeando com o cão na rua, quando os dois passaram em frente à casa do policial. De acordo com a mulher, os cachorros do militar começaram a latir de dentro da casa e Hulk, cachorro morto a tiros, teria se aproximado do portão e começado a latir também. O policial, que não estava fardado, segundo relatado na ocorrência, teria se incomodado com os latidos e atirou no animal que estava na rua. Hulk morreu na hora.
Segundo o Promotor Armando Brasil, a “Justiça Militar recebeu a denúncia, e determinou à Corregedoria-Geral da PM a instauração de conselho de disciplina para apurar o fato. Se comprovado, as penalidades poderão ser de advertência até a expulsão do militar”.
Em nota, a Polícia Militar informa que, após as investigações, por meio do inquérito que está sendo realizado pela Polícia Civil do Estado, vai instaurar um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), por via Corregedoria-Geral da corporação, para apurar os fatos ocorridos na noite de terça-feira (13), no bairro da Cabanagem, em Belém, envolvendo o soldado Enildo Elídio dos Santos e Silva, 31 anos, lotado no 30º Batalhão.
De acordo com o policial militar, um cachorro de grande porte tentou invadir a sua residência, localizada na rua Tiradentes, em Belém. No momento, estavam no local os filhos do militar, um deles recém-nascido, seu sobrinho, esposa e pais. Para resguardar a integridade física da família, o policial realizou um disparo de arma de fogo contra o cão, que foi atingido e morreu no local.
O policial acionou o 24º Batalhão da Polícia Militar, via Centro Integrado de Operações (Ciop), e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil da Cabanagem, ainda na noite de terça-feira.
O Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM) da Polícia Militar formalizou o fato junto à Corregedoria-Geral da PM, que vai apurar se o caso se caracteriza como transgressão da disciplina, conforme o Código de Ética da Polícia Militar.
Via Roma News.