quarta-feira, março 22, 2023
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PF volta ao Tribunal de Justiça do Pará para cumprir novos mandados de busca e apreensão

Na manhã desta sexta-feira (5), agentes da Polícia Federal voltarão à sede do Tribunal de Justiça do Pará e na residência de diversos servidores públicos da justiça estadual para dar seguimento ao cumprimento a mais quatro mandados de busca e apreensão, em gabinetes de desembargadores do Pará, acusados de pedirem favores e benifícios para paraentes e amigos ao governo do Pará.

Desde ontem (04), a Polícia Federal cumpre determinação do Ministério Público Federal e dá batida nos gabinetes e residências de diversos desembargadores paraenses. Até o momento do fechamento desta matéria, não há nenhma explicação ou posicionamento por parte do Tribunal de Justiça do Pará.

O clima é de tensão e silêncio.

Segundo informações colhidas com servidores públicos do TJE-PA, mais quatro gsbinetes de desembargadores estão sendo revirados pelos agentes da Polícia Federal, que ocupam e interditaram o acesso ao segundo andar do prédio da justiça estadual, de onde são levados celulares, computadores e diversas pastas de documentos. Ninguém entra e ninguém sai do local.

A medida faz parte da Operação “Quem Indica”, que desde ontem cumpre mandados de busca e apreensão, nas casas e gabinetes de desembargadores envolvidos em denúncias de favorecimento pessoal, de seus familiares e amigos, junto ao governo do estado.

Segundo informação dos servidores do TJE-PA, a nova batida alcançou os gabinetes dos desembargadores Ronaldo Vale, José Roberto Maia Bezerra Júnior e das desembargadoras Maria Edwiges e Nazaré Saavedra.

As ações tiveram origem no despacho do ministro Francisco Falcão, que autorizou a Operação Para Bellum, desencadeada em junho de 2020, para investigar supostas fraudes na compra de R$ 50,4 milhões em respiradores pulmonares durante o pico da pandemia da covid-19. Autorizada pela ministra Nancy Andrighi, do STJ as investigações atingiram diversos desembargadores. Ontem já haviam sido alvos, os gabinentes de Rômulo José Ferreira Nunes e Ricardo Ferreira Nunes, Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos e Vânia Lúcia Carvalho da Silveira, além de servidores lotados na Procuradoria-Geral do estado e na Secretaria de Cultura – pasta comandada na época das denúncias, pela jornalista Ursula Vida – hoje sob o comando de Bruno Ferreira, que era secretário adjunto e assumiu o cargo deixado pela titular por força da legislação eleitoral, que determina o prazo de 6 meses para descompatibilização dos cargos públicos, todos aqueles que se candidatam às eleições. Ursula pretende concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, pelo MDB, seu 6º partido, de 2014 prá cá.

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Afinal, quem é Ursula Vidal?

As investigações em curso neste momento também atingem residências de outros servidores do Estado relacionados ao esquema de benefício ilegal, fruto do desdobramento da Para Bellum, Operação iniciada em junho de 2020, que investiga a suposta compra fraudulenta, no valor de R$ 50, 4 milhões, de respiradores pulmonares que não serviram para nada, em pleno pico da pademia da covid-19.

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