A visita do ex-presidente do reino unido, Tony Blair, entre outras personalidades estrangeiras, durante a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, que ocorre desde ontem, em Belém, trouxe mais incentivo ao clamor para que os países ricos banquem o desenvolvimento sustentável e compensem países pobres, como o Brasil, sobretudo, a Amazônia e o Pará, para que deixemos de desmatar, de usar combustíveis fósseis e parar de poluir e emitir monóxido de carbono para a atmosfera da terra.
Tony Blair afirmou que o desafio global do clima passa pela associação da energia renovável e o desenvolvimento sustentável dos países emergentes. Ou seja, crescer economicamente, sem buscar novos poços de petróleo, como os descobertos nos estado do Amapá e Pará, não derrubar a floresta, frear a produção de gado, que com o arroto e o peido, emitem toneladas de gases que aceleram o efeito estufa, entre outros.
Ou seja, os países que buscam formas de contribuir financeiramente com os países pobres cobram compromissos sérios e a efetivação dos planos, que não podem ser encarados como brincadeira de criança, como fazem com recursos públicos por aqui.

“Nós temos que continuar a possibilidade de desenvolvimento. Então toda a questão é como fazer isso sustentável. E é exatamente o equilíbrio entre sustentabilidade e desenvolvimento que serve essa questão. E é o equilíbrio entre segurança energética, e proteção do clima. E as respostas residem em soluções de financiamento e na criação de novas soluções”,
O presidente do PV no Pará, Zé Carlos levantou questionamentos que merecem resposta:
“O Pará nunca teve tantos recursos públicos para investir em desenvolvimento sustentável. Este é o modelo que produz e preserva, pensando nas futuras gerações. Agora é o momento de reverter o atual modelo econômico, o causador de grandes impactos socioambientais e concentrador de riqueza nas mãos de poucos. Porém, estamos realmente caminhando nessa direção?
No âmbito social e de segurança pública, o Governo apostou nas Usinas da Paz, mas já temos uma avaliação segura de que esses investimentos estão resultando em reversão do quadro de pobreza e de empregabilidade?
No cenário econômico, estamos conseguindo superar o modelo de exportação de commodities e verticalizar nossos produtos? Conseguimos parar o desmatamento de forma segura e contínua?
As obras que estamos incorporando ao patrimônio público são sustentáveis?
Na saúde, o grande desafio não está nas cirurgias de alta complexidade, como, por exemplo, transplantes, mas sim nas filas para consultas com especialistas e na espera por exames até o diagnóstico.
Que Pará vamos entregar para a ONU durante a COP30?
O Pará como verdadeiro estado que combate as emissões de gases de efeito estufa, mas com uma economia de baixo carbono e distribuição de renda ou teremos apenas bons hotéis e boas rodas de carimbó para iludir turistas?
Faço aqui um alerta, a pauta verde é séria e não aceita greenwash e quem vem para a COP30 não é ingênuo.”
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