Nesta quarta-feira (29), em entrevista ao programa “Cara a Cara com a Verdade”, na RedeTV!, o candidato concorrente às eleições para o comando da Federação Paraense de Futebol, foi indagado e respondeu às acusações de que teria se beneficiado de contratos de venda de passagens para os clubes paraenses, quando Coronel Nunes era o “mandachuva” por lá.
A entrevista com os candidatos que disputam a presidência da FPF é uma iniciativa da RedeTV!, no programa comandado por Nonato Pereira, que ontem entrevistou Ricardo Gluck Paul, postulante ao cargo máximo da FPF, e candidato da oposição.
Assista o trecho onde Paulo Romano foi questionado e sua resposta ao apresentador do programa:
Citando nomes como do ex-presidente da Federação Paraense de Futebol, Coronel Nunes e do ex-senador Mário Couto, Paulo Romano tentou explicar sobre as acusações de que seria beneficiado com a venda de passagens e repasses de recursos por parte do Governo do Pará.
INÍCIO
O que pode ser feito para mudar a cara da FPF? Na abertura, Paulo Romano buscou um caminho para mudar a realidade administrativa da Federação. De entrada, Romano afirmou que foi um erro o agendamento das eleições para o final de dezembro de 2021. Disse ter questionado a formalização do Colégio Eleitoral no último mês do ano. “Eu logo contestei”, disse, ressaltando que havia todo o segundo semestre para programar e “a comissão não era apartada”.
Quanto ao reduzido números de filiados aptos a votar, Paulo Romano argumentou da existência de amparos legais para garantir a votação nas eleições da FPF. Dentre os direitos a serem preservados, segundo o candidato da situação, estaria a não organização de campeonatos por parte das ligas esportivas, considerado por ele como um critério. Nesse momento da entrevista, Romano destacou “a falta de critério do Coronel Nunes”.
DIREITO A VOTO
“O que que acontece na época do Coronel Nunes, como foi citado na matéria, ficou a 30 anos na frente da Federação, o Coronel Nunes dizia: ‘pode deixar todo mundo votar’, não tinha o critério, podia votar”, lembrou o postulante. Assim como as 120 ligas filiadas, todos os clubes filiados, e bastava está na condição de filiado para ter direito a voto, segundo Romano, que seria mais uma falta de critério à votação. O candidato disse ser a favor das regras do estatuto. “Essa questão de dizer que escolhia quem ia votar, muito pelo contrário, Coronel Nunes deixava todo mundo votar”, argumentou.
LIGAS
Sobre a falta de apoio às ligas esportivas, Paulo Romano afirmou que as ligas esportivas recebiam apoio “pedagógico”, de material esportivo e de serviço jurídico a fim de não ficarem inadimplentes com as obrigações fiscais. Sobre apoio financeiro, Romano disse que as entidades, na grande maioria, dependia da ajuda das prefeituras.
IMBRÓGLIO JUDICIAL
Quanto ao imbróglio na Justiça, ele afirmou que entrou uma vez com processo contra o candidato da oposição, Ricardo Gluck Paul, e justificou. “Por que que eu entrei? Porque, quando eu fui fazer a minha inscrição, a minha chapa foi indeferida porque tinha um coeficiente do colégio eleitoral para se inscrever, a chapa tem que ter a assinatura de 1/4 do colégio eleitoral, tem que ter a adesão”, diz. Disse existir um problema no estatuto, de quem um filiado não pode aderir a duas chapas, e adesão valeria à assinatura mais antiga, e publicada em edital para ter validade.
E o número grande de assinatura de adesões às chapas teria sido o motivo de ter entrado na justiça contra o processo eleitoral. “Entramos para nos defender da chapa do Ricardo”, salientou. “Do conrtário do que ele fala, ele (Ricardo) sim vem travando a eleição”, sustentou. Sobre a pergunta a quem interessa a demora de se efetivar o processo eleitoral, Romano disse: “Ao Ricardo, porque sabe que no voto perde”.
GRACIETE
Romando saiu em defesa da presidente interina da FPF, Graciete Maués. “Ela não pediu para estar na Federação, ela foi por força do estatuto. O estatuto na vacância do cargo, o clube filiado mais antigo assume a Federação. Foi o que aconteceu com a professora Graciete, ela já pegou um problema que não foi dela, foi da primeira comissão. E ela tentou fazer as eleições”, defende, dizendo que não fez devido ao imbróglio judicial.
SEEL E NOTAS FRIAS
Sobre o convênio firmado em 2015 entre a FPF e a Secretaria de Estado Esporte e Lazer (Seel), no valor de R$ 1,3 milhão, mais de R$ 600 mil teriam sido utilizados com serviços de transporte terrestre, prestados pela empresa Transulisses, mas pagos com a apresentação de notas fiscais “frias”. O candidato alegou que teria sido uma falha tanto da assessoria jurídica quanto da contabilidade da Federação.
Assista a entrevista completa:
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