terça-feira, junho 6, 2023
spot_img

Parabéns, Orly!

Um dos publicitários com mais vitórias na história das eleições no Pará, Orly Bezerra completa mais um ano de vida.

Hoje o publicitário Orly Bezerra comemora aniversário e foi bastante parabenizado por jornalistas que integram o Quarto Poder, grupo que reúne profissionais da comunicação, da propaganda e da Ciência Política no Pará.

Orly foi um dos participantes da estréia do PODERCAST, no dia do primeiro turno das eleições de 2022, quando fez uma análise de conjuntura política histórica e comentou sobre as pesquisas, o uso das novas mídias, as estratégias dos partidos e seus respectivos candidatos, assim como os principais acontecimentos daquele processo eleitoral, onde Lula, Helder e Beto Faro acabaram eleitos, presidente, governador e senador, respectivamente.

Assista:

Amigo de longas data de Orly, o jornalista Ronaldo Brasiliense enviou a mensagem abaixo sobre o aniversariante.

Um testemunho, em vida

Sempre tive uma curiosidade mórbida para saber o que meus amigos, adversários e inimigos escreveriam ao saber que eu embarquei para as estrelas.

Não cheguei ao ponto de querer, como repórter, cobrir o meu próprio enterro, como manifestou o desejo, recentemente, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, mas seria muito engraçado ver pessoas que me detestam se expondo nas redes sociais, em artigos enaltecendo, acredito, depois da minha morte, minha carreira de repórter.

Rita Lee viajou hoje e deixou por escrito o que pensa sobre o assunto, inclusive sobre os políticos.

A roqueira Rita Lee nos deixou no dia do aniversário do jornalista e publicitário Orly Bezerra, que conheci em agosto de 1976 como diagramador na redação de O Liberal, naquele histórico prédio da Gaspar Vianna com 1o de Março, com uma bela vista para a Baia do Guajará.

Entrei como estagiário da editoria de esportes de O Liberal comandada à época por Walmir Botelho e integrada por figuras lendárias como Isaac Pais, Imar Nunes e Antônio Pereira, entre outros, onde o saudoso Pedro Pinto comandava a fotografia.

Orly Bezerra já era um craque na diagramação, o favorito do Editor -Chefe Cláudio Augusto Sá Leal, e nossa amizade se consolidou em torno de rodas de cerveja com peixe frito e nas peladas de fim-de-semana, onde o Orly atuava como lateral esquerdo e eu como atacante. Formavamos no mesmo time já aquela época.

Deixamos juntos O Liberal em 1978 rumo ao jornal O Estado do Pará, uma experiência no jornalismo impresso tocada pelo empresário Octávio Avertano Rocha, que reuniu craques como Aldo Almeida, Afonso Klautau, Orly Bezerra, Jaime Beviláqua, Raul Tadeu Pontes de Souza, Carlos Queiroz, Rosaly Britto, Antônio Natsuo Hiraoka, Beth Mendes e muitos outros.

No início dos anos 80, com o fechamento de O Estado, nos separamos: eu fui para o jornal A Província do Pará e o Orly – com Natsuo e Nélio Palheta – fundou a Griffo.

Nunca deixamos de nos frequentar, seja no lado profissional – até fiz uns freelas para a Griffo – seja na área sindical e em nossa vida pessoal, com o Orly criando os filhos Alonso, Solon, Saulo e Sávio.

Acabei assumindo o comando da Revista Veja na Amazônia, que depois de quatro anos me transferiu para Brasília, período em que Orly Bezerra enveredou para o marketing político, comandando as campanhas do saudoso Almir Gabriel ao governo do Pará em 1990, 1994 e 1998.

Daí, nesse período, surgiram muitas parcerias que resultaram em dois mandatos para o inesquecível médico Almir Gabriel (1995-1998/1999-2002) e três mandatos para o economista Simão Jatene (2003-2006/2011- 2014/2015-2018).

Orly Bezerra é o mais vitorioso marqueteiro da história do Pará. Nossa amizade não se resumiu a jogos, flores e festejos: houve brigas e discordâncias. Mas nunca nos afastamos nesses anos todos em que construimos nossas histórias – inclusive nos 17 anos que morei, trabalhando em Brasília e no Rio de Janeiro na Veja, IstoÉ, Jornal do Brasil, Estadão, Correio Braziliense e O Globo.

Dou aqui meu testemunho, em vida: Orly Bezerra é um ser humano de primeira linha, honesto, competente, sensível, solidário, amigo para se guardar debaixo de sete chaves, como cantou o poeta.

Com o temor da morte, o dramaturgo argentino Jorge Luiz Borges sentenciou: – Se todos os caminhos levam à morte, perca-se!

Espero que meu amigo Orly Bezerra se perca até a eternidade.

Feliz aniversário.

Ronaldo Brasiliense

Leia também:

A história da propaganda nos 60 anos da TV paraense

RELACIONADOS

Mais visualizados