Desde quando o portal de notícias Diógenes Brandão recebeu a informação de um dirigente do partido Solidariedade, na qual o ex-governador Simão Jatene havia decidido se lançar candidato ao senado, nossa redação não ficou um só instante sem receber perguntas dos mais variados tipos. Desde a indagação do porquê Jatene não se manifestar sobre sua decisão em suas redes sociais, até especulações de que ele estaria mesmo é interessado em disputar o governo do estado, em uma eventual substituição do candidato já lançado à disputa, o major Marcony.
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Com a determinação em manter nossos leitores bem informados e atualizados sobre o processo político eleitoral paraense, entramos em contato novamente com a nossa fonte de dentro do partido Solidariedade e esta voltou a nos confirmar que a candidatura de Jatene está mantida.
Mesmo com o silêncio de Jatene em relação à informação que mexeu com o staff de todos os partidos políticos do Pará, uma coisa diferente ocorreu: O ex-governador que não atualizava suas redes sociais desde o dia 03 de Abril, quando agradeceu as mensagens recebidas pela passagem do seu aniversário, publicou uma mensagem.
Mesmo evitando falar sobre sua disposição de se manter o ringue político, Jatene também não negou e nem atendeu a diversas ligações de jornalistas que o procuraram para confirmar a notícia do seu retornou ao processo eleitoral. Entre os motivos para seu silêncio, a certeza de que seus adversários farão de tudo para evitar qualquer tentativa de sua voltar à cena política.
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Setores do MDB, partido do atual governador Helder Barbalho propagam a narrativa de que Jatene está inelegível, devido a reprovação de suas contas do último ano de seu último mandato de governador.
Essas mesmas pessoas só não conseguem explicar como é que o ex-deputado estadual e até recentemente Chefe da Casa Civil no governo do estado, Iran Lima (MDB), mesmo com duas condenações, sendo uma transitado em julgado, está em plena campanha em nova tentativa de ser reeleito, sendo que foi eleito nas eleições passadas, mas foi afastado em 2020, por conta de uma dessas condenações.
Em consulta a um advogado renomado na área do Direito Eleitoral, este nos garantiu que mesmo com o processo político estabelecido na ALEPA, Jatene ainda teria outro problemão a ser resolvido: A condenação imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral em Outubro de 2021, quando a corte manteve a condenação do ex-governador do Pará à pena de cassação de mandato e inelegibilidade por abuso do poder político e econômico cometido no programa “Cheque Moradia”, nas eleições de 2014, quando derrotou Helder Barbalho (MDB).
A condenação no TSE manteve a perda do direitos políticos até dezembro deste ano. Para o advogado consultado, Jatene deve estar pensando em concorrer às eleições deste ano, usando o recurso de lançar sua candidatura sub judice.
O “caso IRAN LIMA”
Conforme publicado pelo site do MPF e replicado pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, antes das eleições de 2018, baseado na Lei da Ficha Limpa, o Ministério Público Federal pediu o indeferimento da candidatura de Iran Lima, Wladimir Costa, Chico da Pesca e mais outros 19 candidatos paraenses.
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Em Julho de 2020, o blog AS FALAS DA PÓLIS publicou matéria sobre a exoneração do Chefe da Casa Civil do governo do Pará, Parsifal Pontes e a imediata nomeação para seu cargo, o ex-deputado estadual Iran Lima (MDB), que teve seu mandato cassado e foi afastado da ALEPA, onde presidia a importante Comissão de Constituição e Justiça. O afastamento de Iran Lima se deu depois do julgamento pelo TSE, que o condenou e por isso teve o registro de sua candidatura cassado e os votos que Iran Lima obteve tornaram-se nulos.
Em Outubro de 2018, Iran Lima foi reeleito deputado estadual pelo MDB com quase 40 mil votos. Mesmo eleito, temia ser afastado e por isso foi nomeado pelo governador Helder Barbalho como Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia. Sua esposa é prefeita de Moju, cidade onde ele também já foi prefeito e de onde foi acusado de cometer crimes de improbidade administrativa, há 20 anos atrás.
Iran Lima perdeu o mandato após uma longa e demorada briga na justiça eleitoral, que condenou o réu por improbidade administrativa. A condenação foi reiterada após 19 anos em que o deputado vinha recorrendo contra a condenação, fruto da investigação feita pela Polícia Federal na “Operação Sanguessuga”.
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Amanhã iremos trazer novidades sobre este assunto e outros temas que a maioria dos veículos de imprensa paraense evitam comentar.
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