A segunda parte da entrevista do cientista político Edir Veiga, no programa Diógenes Brandão na Rede, o debate girou em torno dos recursos utilizados pelo governador Helder Barbalho (MDB), na campanha eleitoral que o consagrou reeleito.
Além de ter, por quatro anos, o apoio de 38 deputados estaduais – o que lhe garantiu estabilidade política e parlamentar para governar sem sobressaltos, mesmo atravessando investidas da Polícia Federal e processos no STJ – Helder soube reunir esforços para andar pelo estado e conseguiu firmar sua imagem como realizador e presente em todas as regiões, explicou o analista.
“Não foi a toa que ele teve 70% dos votos. Eu trabalho com fatos e ele deu uma aula de política. Eu acho que ele foi muito humilde. Por que ele foi humilde? Porque ele foi buscar até o ator que tinha 1% dos votos. Ele foi buscar partidos que tinham pouco tempo de rádio e tv. Mas essa humildade política na verdade não é humildade em sí. É Virtù. É a capacidade política de aglutinar. Ele aprendeu isso. Os erros que o senador Jader Barbalho cometeu no passado, o Helder não vai repetir nenhum, em termos de estratégia política.
Com destaque na formação da coalizão eleitoral, que agregou na base do governo estadual 15 partidos, os quais lançaram nas eleições de 2022, mais de 600 candidatos a deputados estaduais e 300 federais, além de ter o apoio da maioria dos prefeitos, entre os 144 municípios do Pará, na avaliação do cientista político é que Helder deu uma aula de política, agregando partidos, deputados, prefeitos e centenas de candidatos que disputaram as eleições de 2022.
– E a oposição?
A oposição surpreendeu muito, porque todas as pesquisas que nós fazíamos, o Zequinha (Marinho) tinha 13, 15%, né? Quando abriu a urna ele tinha 27%.
As políticas Educacionais, de Saúde e de Assistência Social, bem como a recuperação de estradas e a parceria com os municípios são apontados como alguns dos fatores determinantes para a aprovação do primeiro governo Helder Barbalho, que acabaram garantiram sua vitória nas urnas, disse Edir Veiga, mas citou outros fatores que culminaram em seu êxito eleitoral, considerado como um ‘rolo compressor’.
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