Quem pensa que na política 2+2=4 é porque não entende do meio.
O MDB quer emplacar três vagas no Ministério do terceiro governo Lula. Simone Tebet, que disputou a presidência é considerada como cota pessoal do presidente, devido a importância da senadora na campanha, durante o segundo turno.
Restariam mais dois ministérios para os caciques do MDB disputarem. Segundo o UOL, os emedebistas sondam pelo menos uma liderança, um senador e um deputado a serem colocados no cargos: O senador eleito Renan Filho (AL), ex-governador alagoano, ficaria com o Ministério de Minas e Energia. O governador Helder Barbalho (PA), reeleito com o maior índice de aprovação, indicaria o chefe do Ministério de Desenvolvimento Regional. Haveria espaço ainda para um deputado a ser definido pela bancada emedebista, comandada pelo presidente Baleia Rossi.
Eleito como o governador mais bem votado nas eleições deste ano e tendo papel de destaque nas fotos ao lado de Lula, no segundo turno, o governador Helder Barbalho (MDB) chegou até aqui como alvo de especulações de todo tipo, inclusive de que indicaria o irmão, Jader Filho para o Ministério das Comunicações, mas como na política as coisas mudam e outras não passam de sonhos ou projetos na mente das pessoas, o MDB nacional deve mesmo definir o que a real politik indicar.
Se a família barbalho tem boas relações com Lula e a cúpula do MDB, Renan Calheiros, que vem trabalhando a indicação do filho, o senador eleito Renan Filho para os mesmos ministérios cobiçado por Helder e seu pai, o senador Jader Barbalho, que mesmo com a saúde fragilizada, ainda apita e tem peso na voz dentro do partido.
Renan Filho passou oito anos reinando em Alagoas e se afirmou como um dos melhores governadores do estado do Alagoas e há cerca de duas semanas também vem sendo cotado para assumir a vice-presidência do Senado, proposta que vem direto do comando nacional do MDB, onde Helder e Jader Barbalho têm adversários de peso, como a família Renan.
Segundo o Antagonista, Lula, que disse já ter 80% dos ministérios na cabeça, se comprometeu com José Sarney na semana passada a entregar novamente o Ministério de Minas e Energia ao MDB. O problema é escolher um nome.
Renan Calheiros quer emplacar o filho Renanzinho, eleito senador, como ministro de Minas e Energia. Mas Helder Barbalho também quer a vaga e já sugeriu o nome do primo José Priante, deputado federal.
TABULEIRO NACIONAL MEXE NO GOVERNO DO PARÁ
Se o governador do Pará conseguir emplacar Priante no Ministério de Lula, a mexida em seu segundo governo do Pará terá novos atores com secretários estaduais trocados e toda uma engenharia política sendo montada para acomodar novos aliados, que ajudaram em sua estrondoza vitória e agora cobram e esperam espaços no segundo governo de Helder.
Segundo comentários recebidos por nosso redator, após a publicação da matéria Helder Barbalho e Dr. Daniel Santos tratam sobre a manutenção da aliança política, a busca de deputados federais eleitos pelo MDB paraense para ocupar vaga no secretariado estadual está intensa. Além da deputada federal Alessandra Haber, eleita com a maior votação em 2022, Helder tenta abrir mais espaços para outros suplentes na Câmara Federal, como o ex-prefeito de Piçarra de 2012 a 2020 e presidente da FAMEP de 2020 a 2022, Wagne Machado, que se candidatou a deputado federal este ano e recebeu 73.798, ficando como primeiro suplente do MDB.
O segundo suplente que pode assumir a vaga de um deputado eleito, como de Priante e Alessandra Haber é o ex-prefeito de Salinas, Paulo Henrique Gomes, que recebeu 59.597 votos e aguarda por uma decisão do governador para pegar o vôo para Brasília.
Nada disso está decidido, pois as pedras do tabuleiro político no Pará dependem do que ocorrerá em Brasília, onde a equipe de transição do governo Lula trabalha para entregar o relatório que vai balizar as futuras decisões do presidente eleito, e, paralelamente, a lista dos futuros ministros, que segundo se comenta, já está praticamente definida e será apresentada no próximo dia 13.
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