Os funcionários da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) entraram no sétimo dia de greve. A decisão de manter a suspensão das atividades, veio ao final da reunião realizada ontem (14) na Casa Civil, entre o secretário Iran Lima, o presidente da Cosanpa, José De Angelis e a diretora do órgão, Fernanda Paes, com representantes do Sindicato dos Urbanitários do Pará.
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De acordo com o presidente do Sindicato, Pedro Blos, o Governo do Estado retirou, de forma inesperada e “radical”, da mesa de negociação o incremento de reajuste de 5% no valor do tíquete-alimentação e o pagamento do retroativo referente às perdas, além de que os 7,6% de incremento salarial a ser pago em abril, e não mais em março como já definido.
Por conta disso, a greve se mantém por tempo indeterminado. Hoje (15) pela manhã o comando de mobilização do sindicato está repassando o resultado da reunião aos funcionários. A Cosanpa possui cerca de 1.800 funcionários.
“Eles retiraram da mesa esses pontos e até o reajuste do tíquete, que já estava acordado anteriormennte, além do retroativo, que disseram que não iriam pagar, por disso vamos manter a greve. Vamos retirar os funcionários dos locais de trabalhos“, disse o presidente. O Sindicato ainda vai definir as próximas ações de mobilização do comando de greve.
Bloqueio
Na manhã de ontem (14), os grevistas bloquearam a avenida José Bonifácio, à altura da entrada da Cosanpa, próximo à avenida Magalhães Barata, em reivindicação de correção da inflação no período de abril de 2020 a maio de 2021, de 7,6% no salário e 5% no vale-alimentação.
As negociações em torno da pauta da Cosanpa vem desde o ano passado. Inicialmente, em 2021, o governo estadual se comprometeu em pagar o reajuste salarial, no tíquete-alimentação, assim como o retroativo por conta das perda, mas teria mantido agora somente o incremento no salário.
Entramos em contato com a Cosanpa e aguardamos as explicações, sobretudo de como ficará o abastecimento d’água e o trato das inúmeras obras que iniciaram pela capital paraense e causam inúmeros transtornos com os buracos abertos em diversos bairros.
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