Enquanto muitos esperam pelo dia da sua vacinação, professores estão no centro de um cabo de guerra entre o governo do estado e o sindicato da categoria.
O governo do Pará aceitou destinar 50 mil doses da vacina contra a COVID-19 para os profissionais da educação, mas condiciona que a categoria volte às aulas 15 dias após a primeira dose aplicada.
O SINTEPP não aceita e diz que os professores só devem voltar após tomarem a segunda dose e que haja um plano para que os estudantes também sejam vacinados ou algo que evite que eles se contaminem nas salas de aula.
O impasse está colocado e o governo diz que se o sindicato não aceitar a proposta de voltar às salas de aula, pode direcionar as vacinas para outras categorias que estão trabalhando e precisam da imunização.
Uma carreata, seguida de assembleia geral serão realizadas nesta segunda-feira, 24, quando a classe educadora decidirá qual posição será adotada pelos líderes sindicais ao governo do Pará.
Dirigido pelo PSOL, partido que contou com a ajuda do governador para eleger o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, o SINTEPP já nem cobra o pagamento do Piso Salarial da Educação, que foi prometido pelo governador Helder Barbalho (MDB) e os dirigentes do sindicato evitam cobrar, dando a entender que deixou pra lá, ou que não tem força política para exigir o tão sonhado reajuste salarial da categoria.
Um professor da rede estadual enviou um áudio com sua análise do que está acontecendo nesse imbróglio entre sindicalistas e governo, mas pediu para não ser identificado para não sofrer retaliações.
Ouça o que disse Beto Andrade, dirigente do PSOL e coordenador estadual do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Estado do Pará – SINTEPP.