Dois anos após a entrega da ponte União à população, que foi derrubada por uma balça, na Alça Viária, Helder promete reforma da ponte de Outeiro, em sete meses. Neste caso, a Polícia Civil tem até quinta-feira, 27, para apresentar laudo científico que explicará o que realmente aconteceu e definir quem vai pagar a conta: Uma empresa de navegação ou a população.
A queda ainda inexplicada do pilar central de sustentação da ponte “Enéas Pinheiro” – que foi construída há 35 anos e desde então conecta os distritos de Icoaraci e a ilha de Outeiro – gerou uma resposta do poder público, que já deveria ter sido anunciada há pelo menos dois anos atrás, quando a balsa “Josima IX” bateu em um dos pilares da estrutura, mas não foi interditada tal como deveria e o resultado é sentido agora.
Na época, o governador Helder Barbalho (MDB) prometeu reformá-la, mas sua palavra caiu no esquecimento e agora, na iminência da ponte cair, terá que fazer, contando para isso com o acompanhamento e fiscalização do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Ministério Público de Contas (MPC) e do CREA-PA, além da Prefeitura de Belém, que neste caso aparece como coadjuvante.
O delegado responsável pelas investigações do que teria derrubado o pilar da ponte, já admite a hipótese revelada em primeira-mão por este portal de notícias: a de que a viga central de sustentação da ponte de Outeiro não ter sido derrubada por uma balsa e sim pelo desgate causado por outros choques, que junto com o peso da ponte e dos veículos que por ela trafegam diariamente, uma hora ou outra resultariam no que vimos ocorrer nas primeira horas da última segunda-feira, 17.
Pode (o sinistro) ser um empurrador específico ou sucessivos choques de várias embarcações. Estamos fazendo perícias e em breve vamos divulgar a dinâmica: se foi uma embarcação que provocou a queda ou sucessivos choques de diversas embarcações”, disse.
Daniel Castro, Delegado da Polícia Civil.
Populares que estavam pela proximidade onde ocorreu o sinistro, informaram ao nosso redator que ouviram um estrondo na ponte, na madrugada da última segunda-feira, 17, e depois de uns 40 a 50 minutos, um ônibus passou pela parte central dela e o logo em seguida o pilar principal desabou para dentro do rio, como se tivesse sido sugado.

Apesa do governo continuar vendendo a versão de que uma balsa e seu rebocador tenham sido responsáveis pelo abalroamento com a ponte, as informações recebidas e aqui divulgadas com exclusividade foram confirmadas pelo proprietário de uma empresa que fica próximo à ponte do Outeiro.

Segundo o empresário, as câmeras de segurança do local gravaram o momento em que uma balsa passou por baixo da ponte, na manhã da última segunda-feira, 17. O prórprietário da empresa afirmou que as imagem podem provar que a balsa nem chegou a tocar no pilar da ponte, como continua sendo informado pelo órgãos oficiais e a grande parte da imprensa paraense.
Por volta de 40 a 50 minutos depois é possível ver um ônibus passando e, logo em seguida, o pilar principal da estrutura se descolou e caiu no fundo do rio.
Testemunha que estava em uma das marges do rio e na encosta da ponte de Outeiro, relatou o que viu, mas preferiu não se indentificar.
O empresário também revelou que as imagens das câmeras de segurança que registram os dois momentos, da passagem da balsa e depois do ônibus, já foram repassadas à Polícia Científica do Pará, bem como à Capitania Dos Portos da Amazônia Oriental e todos os demais órgãos estaduais envolvidos na apuração dos fatos e na investigação.
Na matéria Não foi uma balsa que derrubou o pilar principal da ponte de Outeiro, diz fonte, alertamos que o laudo da perícia, que tem previsão para sair até a próxima quinta-feira, 27, pode surpreender a todos, com uma reviravolta sobre o caso.
DE NOVO, OUTRA VEZ
Em Janeiro de 2020, o governo do Pará entregou de volta à população paraense a ponte União, depois que uma balsa se chocou com um dos pilares e derrubou uma parte dela, interrompendo por 9 meses, o tráfego pela Alça Viária, próximo do município de Acará. O sinistro causou prejuízos incalculáveis à população e à sociedade paraense que nunca foi e nem será indenizada.
O acidente ocorreu na madrugada do dia 6 de abril de 2019 e foi causado por uma balsa clandestina, carregada com rejeitos de dendê, de uma emprensa subcontratada pela VALE, que bateu em um dos pilares da ponte e derrubou cerca de 300 metros dela, junto com 4 pilares que foram para no fundo do rio.
Logo após o ocorrido, o governador do Estado esteve no local e anunciou a reforma da estrutura e a responsabilização dos culpados e que eles ficariam responsáveis por indenizar o estado, que reconstruiu a ponte que tinha 19 pilares, com 868 metros de extensão e 23 metros de altura.

A ponte do Outeiro será nos moldes da ponte União, que ilutra essa matéria.