Denominada de “Caravana da Esperança” a reedição da estratégia de fazer com que Lula esteja presencialmente em todas as regiões brasileiras não se materializou e a presença do líder petista e pré-candidato do PT à presidência frustrou os poucos militantes que atenderam ao chamado de Beto Faro, presidente do partido no Pará.
O desfalque da maioria das lideranças e filiados do PT no Pará é apontado como sintoma de uma decisão que retirou de Paulo Rocha o direito de concorrer à reeleição, sendo ele o nome preferido de Lula ao senado.
Iniciada no município de Itaituba, a “Caravana da Esperança” contou com apenas 2 deputados federais, alguns pré-candidatos e uma parcela muito pequena da militância petista, que está sendo convocada para a campanha eleitoral de Lula presidente, Beto Faro senador e dos deputados federais e estaduais.
A ex-governador Ana Júlia, que havia deixado o PT e se filiado ao PCdoB, em outubro de 2017, volta ao partido e está sendo cotada como pré-candidata à vice-governadora, na chapa de Helder Barbalho, mas por enquanto tudo não passa de especulação.

Apesar da divulgação induzir que Lula estaria presente, em nenhum momento sua presença foi confirmada. A falta de unidade interna entre os grupos petistas tem sido um fato marcante nas reuniões do PT-PA.
A “Caravana da Esperança” no Pará esteve sexta-feira, 04, em Itaituba e sábado, 05, em Santarém. Além da ausência de Lula e do senador Paulo Rocha, a baixa participação da militância cria um clima desesperançoso naqueles que gostariam de ver o partido mais unido e reunindo com outros partidos que foram a federação partidária formada por outros partidos, tais como o PSB, PV e PCdoB.
Maior liderança petista no Pará, o senador Paulo Rocha não tem participado dos eventos da Caravana nos municípios. Tal ausência tem um peso simbólico e chama a atenção dos militantes que sentem a falta do único petista paraense que Lula convidou para a coordenação nacional de sua campanha.
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