terça-feira, março 28, 2023
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Em jantar de adesão, Mário Couto lança pré-candidatura ao Senado

Na noite da terça-feira (16), em jantar de adesão ocorrido em uma churrascaria, o ex-senador Mário Couto (PL) lançou a pré-candidatura ao Senado Federal nas Eleições 2022. O lançamento não apenas apresentou um conhecido nome na política paraense, mas demonstrou, diante dos pronunciamentos, que o governador Helder Barbalho (MDB) deve enfrentar “chumbo muito grosso” na disputa pela reeleição, particulamente por conta das investigações da Polícia Federal referentes à gestão de recursos no período da pandemia da covid-19.

O lançamento contou com a presença do senador Zequinha Marinho, atual presidente estadual do PL e pré-candidato ao governo do Estado; do deputado federal Eder Mauro (PL), do deputado estadual Delegado Caveira (PL); pré- candidatos à Câmara Federal. Delegado Eguchi (PL), também pré-candidato a deputado federal, esteve presente ao jantar. Dezenas de pré-candidatos e pré-cadidatas na chapa do Partido Liberal e demais apoiadores estiveram presentes.

Em seu pronunciamento, Mário Couto falou do papel da Constituição no processo eleitoral e a importância de respeitá-la. Couto fez a relação da Carta Magna com os direitos básicos que, segundo ele, estão sendo retirados no Pará. “O povo paraense quer justiça, o povo paraense vai novamente levar Mário Couto para o Senado Federal”, disse.

MÁRIO COUTO: “….BANDEIRA QUERIDA, AQUI FICA O NOSSO JURAMENTO NESTA NOITE…”

“Vou bater com essa ‘mão’ na tribuna do Senado, clamando para acabar com a corrupção nesse Estado”, afirmou Couto, que disse que imitaria o deputado Eder Mauro, momento em que pegou a bandeira e, com ela em mãos, pediu a união de todos. “….bandeira querida, aqui fica o nosso juramento nesta noite…”, disse no encerramento do discurso.

ZEQUINHA MARINHO: LÁ EM BRASÍLIA TODO MUNDO CHEGA E DIZ: E AÍ, ATÉ QUANDO VOCÊS VÃO SUPORTAR TAMANHA VERGONHA?

A afirmação foi dita durante seu discurso e fez referência à administração do governador Helder Barbalho (MDB). O senador que já integrou o grupo político emedebista estadual e atualmente faz oposição ao filho do senador Jader Barbalho (MDB), conta agora com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), mantém apoio de uma legião de evangélicos e de empresários do agronegócio, sobretudo do sul do Pará.

Marinho falou de orgulho paraense, desenvolvimento econômico, apresentou números de setores da administração estadual, e abordou a integração em favor do que ele chamou de “corrente do bem” para derrotar Helder Barbalho nas eleições de 2022. No confronto com grupo da chapa do MDB, o senador comparou que a disputa terá um sentido maior do que a luta entre Davi e Golias, que será a luta do “bem contra o mal”, do “tostão contra o milhão”. “O governo trabalha com os ‘seus negócios’ e não pelo interesse de seu povo”, destacou.

“De Bolsonaro a deputado estadual, estaremos todos juntos, no discuro e no trabalho de cada um dos senhores”. Em um trecho de sua fala, Marinho disse “esse Estado precisa virar uma página e esquecer de todo esse constrangimento que nós vivemos”. Zequinha Marinho continou o discurso. Em outro momento, destacou que a justiça estaria “manipulada”, o Ministério Público “nem se fala”. “Tudo bem, se a Justiça não entrar em campo, o Ministério Público nos envergonhar, o povo vai às urnas vencer pelo voto, para remover tudo isso que paira de negativo em nosso Estado”, enfatizou.

Em outros dados apresentados, Zequinha Marinho disse que a educação do Pará ocupa a última posição no ranking nacional de avaliação. “Para onde vamos com a educação desse jeito?”, questionou. Não economizou críticas às ações na área de saúde e assistência social. “Assistência tem que virar promoção social”, afirmou.

“Quando você olha a segurança pública, que vergonha, que vergonha, que tristeza, não escapa ninguém. Nem o cidadão comum, nem tão pouco os nossos policiais, policiais que já vivem indignados com o tratamento que o Governo do Estado lhes dar. Um escalonamento injusto imposto pelo governo”, acrescentou.

Números de candidatos ao Senado – Zequinha Marinho lembrou, em dado momento, o número de candidatos ao Senado a ser lançado pela chapa do MDB, a fim de destacar a experiência política de Mário Couto como deputado estadual, senador da República, presidente da Alepa. “Quando falo, Mário, é nosso candidato, aquele que bate na mesa, que é valente”. “Do lado de lá tem meia dúzia de candidatos a senador. Sabem quantos vão eleger? Nenhum. Quem vai ser eleito é o Mário Couto, e nós vamos levar o seu nome, porque eu tenho a certeza que a união faz a força”, afiançou.

Delegados – Antes de Mário Couto e Zequinha Marinho, os delegados Eder Mauro, Caveira e Eguchi usaram o microfone. Eguchi foi o mais contido, diferente dos outros delegados, que despejaram pesadas críticas ao governador Helder Barbalho.

EDER MAURO: “O NOSSO ESTADO DO PARÁ SE TIVESSE UM GOVERNO SÉRIO, HONESTO E TRANSPARENTE, NÃO TENHO DÚVIDA QUE MUITOS PARAENSES NÃO TERIAM MORRIDO…”

O parlamentar Eder Mauro aproveitou o jantar de adesão à pré-candidatura e despejou duras e pesadas críticas à administração de Helder Barbalho. Disse que o Pará, durante os anos de mais intensidade da pandemia, recebeu dos cofres da União mais de R$ 40 bilhões, além de respiradores e leitos. “Foi o Estado que mais recebeu recursos proporcionalmente de todo o país. O nosso Estado do Pará, se tivesse um governo sério, honesto e transparente, não tenho dúvida que muitos paraenses não teriam morrido, inclusive meu cunhado com 39 anos”, assegurou.

“Se não tivesse um governo bandido como esse que está aí, nós não teríamos sofrido tudo que nós sofremos, e eu aqui não preciso gritar, o que cada um de nós vimos pela televisão, o Abelardo (hospital) Santos sendo invadido com pessoas sendo carregadas para serem socorridas, porque não tinha leitos, não tinha respiradores. Porque os respiradores estavam simplesmente escondidos”, contou Eder Mauro.

CAVEIRA: “ELE QUERIA DESTRUIR A ECONOMIA…” “…O GOVERNADOR MAIS LADRÃO DO BRASIL…”

“O governador mais ladrão do Brasil”, disse o parlamentar Caveira no início de seu pronunciamento, lembrando do período de pandemia da covid-19. Disse ainda que Helder fechou igrejas, fechou comércios. “Ele queria destruir a economia. Inclusive, uma churrascaria igual a essa teve que fechar. Funcionários foram mandados embora e o Brasil, e o Estado do Pará quase se tornaram uma Venezuela”, criticou o deputado.

Operações – Disse ter sido o primeiro deputado estadual a ter a coragem e pedir o impeachment do governador Helder Barbalho. Ele enalteceu a candidatura de Bolsonaro, dizendo que será eleito em primeiro turno. Lembrou das quatro operações realizadas pela Polícia Federal contra o atual governador por supostas irregularidades ocorridas, sobretudo no período da pandemia, que teriam gerado o desvio de R$ 1,6 bilhão de recursos repassados pelo Governo Federal, a fim de serem aplicados em ações de combate ao novo coronavírus.

“Helder Barbalho, com a sua quadrilha, foi apontado como o governador mais ladrão do Brasil. Foram presos dois secretários, foram presas 60 pessoas ligadas a Helder Barbalho, ‘umbilicalmente’, e a justiça não chega no Estado do Pará”, enalteceu o delegado da Polícia Civil. Caso dos respiradores, das cestas básicas e compra superfaturada de alcool em gel pela Polícia Civil também foram citados por Caveira.

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