A eleição nacional, em certa medida, tem interferência na estadual.
É o jogo da conveniência pragmática interesseira eleitoralmente.
Em 2014, o MDB fechou com o PT para o senado e lançaram apenas um candidato: Paulo Rocha que foi eleito. Para o governo, Helder Barbalho perdeu.
PT e MDB continuaram entranhados visceralmente e assim vão continuar nas eleições de 2022.
Só que, para o senado, o PT vai ter que decidir entre o atual senador Paulo Rocha e o deputado federal Beto Faro.
Os barbalhos tem um compromisso com Beto.

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Com a possibilidade de Lula ser candidato a presidente, ressurge a vontade de Paulo se candidatar a reeleição. Isso significa, como se fala no linguajar petista, que vai haver uma “luta interna” pra decidir o candidato.
No entanto, a decisão, como sempre, vai passar lá por cima. A decisão vai ser de cunho nacional, conforme a estratégia traçada pelo PT para a presidência.
A conversa vai ser entre Lula e Jader Barbalho.
Lula precisa do MDB paraense e com isso ressurge fortemente o nome de Beto Faro, já que este é o candidato compromissado com Helder.
O PT, para ter sucesso eleitoral, não vai buscar outros partidos da “esquerda”; estes, em tese, ele já conta eleitoralmente, vai buscar a velha política, vai buscar aliados do Centrão.
Assim, Lula já acertou com velhos caciques do MDB: Geddel Vieira, na Bahia; Renan Calheiros, em Alagoas; José Sarney, no Maranhão e com Jader Barbalho, no Pará.
É a conveniência política que traz resultados.
Por Dornélio Silva, cientista político e responsável pelo Instituto DOXA de Pesquisas.