segunda-feira, junho 5, 2023
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Dificilmente outro partido, além do MDB, fará mais de um deputado federal nestas eleições

Por Edir Veiga, doutor em Ciência Política e pesquisador do processo eleitoral de 1946 até hoje, no Pará.

Estou assistindo um festival de previsões em torno do desempenho dos partidos nas disputas para a câmara dos deputados, nas eleições de outubro próximo.

Todo cuidado é pouco nestas previsões.

Podemos afirmar, com certeza, de que, quem tem mandato e montou uma rede de apoio estadual, a partir das emendas parlamentares, sai na frente na corrida eleitoral.

Nas eleições passadas tínhamos entre 100 e 150 candidatos na disputa para deputado federal. Grandes coligações eleitorais dominavam esta competição proporcional.

Agora teremos perto de 500 candidatos, dispersos em quase 30 partidos disputando as 17 cadeiras do Pará à câmara dos deputados. Agora o jogo fica diferente e os resultados podem surpreender.

Se nas eleições de 2018, nenhum candidato atingiu o quociente eleitoral. Como achar que no contexto do fim das coligações proporcionais, com a pulverização da disputa em 2022, alguém venha, sozinho, a atingir este quociente, que deverá ficar entre 240 e 250 mil votos?

Edir Veiga.

Creio que a média de votação dos candidatos mais votados ficará em torno de 150 mil votos. Então, esperemos que cada partido, que já tem representação na câmara dos deputados, com chapa forte, venha a eleger seu candidato a deputado federal.

Dificilmente um partido chegará a dois deputados na distribuição direta dos votos na primeira rodada. Creio que no Pará, só o MDB fará 3 deputados na primeira rodada de distribuição dos assentos parlamentares.

Esperemos uma representação paraense à câmara dos deputados com super fragmentação partidária.

ERRO ESTRATÉGICO PODE SE REPETIR

“Dos 25 vereadores de Ananindeua que disputarão as eleições de 2020, apenas 5 conseguiram se reeleger. Erraram na estratégia por que trataram as eleições como se não estivessem sob as novas regras eleitorais. Eu vejo agora em 2022, o governador Helder Barbalho tentando repetir a mesma estratégia”, disse o cientista político Edir Veiga, no programa Diógenes Brandão na RedeTV!

Com a chegada da campanha eleitoral, surge o político “Copa do Mundo”, que é aquele que só aparece de quatro em quatro em quatro anos. O eleitor, por sua vez, vê a oportunidade de ganhar um pouco do do dinheiro que circula na política. Os cabos eleitorais, “vendem” suas listas de eleitores para diversos candidatos. Veja como funciona a política real, em ano eleitoral.

Afinal de contas, as pesquisas eleitorais que mostram a preferência do eleitor para candidatos proporcionais podem ser consideradas como assertivas e confiáveis? E quais são os pré-candidatos que estão melhor posicionados nesta disputa eleitoral para os cargos de presidente, governador e senado no Pará? Assista na última parte da entrevista com o doutor em Ciência Política, Edir Veiga, o entrevistado no programa Diógenes Brandão na RedeTV! Belém Canal 47.

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