“Ex-youtuber, pró-Bolsonaro, com vidraça eleitoral; saiba quem é o deputado Luís Miranda, que citou suspeita sobre Covaxin”, trouxe a chamada da Folha de São Paulo, em uma matéria que expõe os processos e a vida pregressa do parlamentar, que afirma ter alertado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre indícios de irregularidades na aquisição da vacina Covaxin, ainda em Março.
Luís Miranda é irmão do técnico do Ministério da Saúde, responsável pelo setor de importação de produtos de outros países e que este recebeu uma pressão para apressar a compra de vacinas Covaxin.
Ao contrário do que se espalhou pelas redes sociais e aplicativos de mensagem, com o Whatsapp, a investigação que trouxe a denúncia não é da CPI. O depoimento do servidor do Ministério da Saúde, irmão do deputado, foi colhido numa oitiva, em que o técnico do Ministério da Saúde era ouvido pelo MPF – Ministério Público Federal.
O servidor do Ministério afirma ter recebido uma pressão atípica do tenente-coronel Alex Lial Marinho, que era homem de confiança do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e que foi nomeado pelo então ministro, em junho de 2020, para o cargo de coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde.
Marinho era subordinado ao coronel Élcio Franco, então secretário-executivo do ministério, braço direito de Pazuello, nomeado pelo atual ministro da saúde, que por sua vez foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro. Todos são militares.
O coronel Élcio Franco deixou o Ministério da Saúde e ganhou um cargo de assessor na Casa Civil da Presidência. Pazuello, depois de ser demitido em março, ganhou um cargo de secretário no Palácio do Planalto, onde assessora Bolsonaro.
Em relação ao deputado Luís Miranda, a Folha de São Paulo descasca seu legado e de seu mandato, com a matéria em que revive as acusações de estelionato e crimes eleitorais.
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