Em plena pré-campanha pelo interior do estado, o pré- candidato a deputado federal Everaldo Eguchi se manifestou sobre o processo pelo qual foi novamente afastado de suas funções como delegado da Polícia Federal. A decisão foi publicada na última sexta-feira (01), em portaria encaminhada ao portal diogenesbrandao.com.

Segundo Eguchi nos contou por telefone, o processo administrativo pelo qual foi arrolado na portaria acima, trata-se de um PAD – Processo Administrativo Disciplinar que foi movido contra ele, por causa de uma publicação feita por um seguidor em suas redes sociais, onde em período eleitoral o candidato a deputado federal pela primeira vez, aparece com uma farda da PF.
Em postagem em suas redes sociais, Eguchi disse:
Olá, meus amigos, estou em Capanema, cumprindo a nossa caminhada por todo o estado do Pará. Mas o que quero hoje é esclarecer um assunto. Devido a legislação eleitoral que nos orienta, já fiz meu pedido licença da minha função na polícia federal, para assim cumprir a ordem e poder estar apto para me candidatar a um cargo político, esclarecido isto, seguimos rumo à mudança em favor do Pará, em favor da nossa população paraense.#vemcomeguchi#vemmudaropará
Além de economista e advogado, Everaldo Eguchi e desde 2007 delegado da Polícia Federal no Pará. Em 2018, Eguchi tentou uma vaga de deputado federal pelo PSL, mas não foi eleito. Já nas últimas eleições municipais, já filiado ao Patriotas, Eguchi chegou muito perto de se tornar eleito prefeito da capital paraense. Ele teve 48,24% dos votos contra 51,76% de Edmilson Rodrigues (PSOL).
Além disso, desde julho de Eguchi é investigado por suposto vazamento informações de operações da Polícia Federal a garimpeiros. , a partir de decisão da Justiça, uma operação de busca e apreensão na casa da Eguchi em Belém, onde os agentes encontraram uma mochila vermelha com maços de dinheiro em reais, dólares e euros.
Na época da operação, Eguchi disse, por meio das redes sociais, que confiava “muito no trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal. Estarei sempre à disposição para esclarecer todos os fatos. Tenho certeza de que a verdade vai aparecer e vão verificar que eu não tenho com o que existe naquele inquérito”.
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No dia 10 de novembro, a Justiça Federal, por meio da desembargadora Maria do Carmo Cardoso, havia determinado a suspensão do procedimento criminal contra Eguchi, em trâmite na Vara Única da Subseção Judiciária de Marabá, e o retorno dele ao cargo, até o julgamento definitivo do habeas corpus.
Para a desembargadora que analisou o pedido, “é possível identificar, ao menos no atual cenário, questões políticas e pessoais como fatores determinantes para a abertura da investigação que se baseou em denúncia anônima contra o paciente”, disse, referindo-se às denúncias contra Eguchi.
Com informações da Superintendência da Polícia Federal e de OLiberal.