sexta-feira, junho 9, 2023
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Delegado Eguchi coloca PF sob suspeita e pode se complicar ainda mais

Visivelmente abalado com a repercussão negativa que o mandado de busca e apreensão da PF, cumprido em sua casa, onde foi encontrada uma grande quantia de dinheiro, até agora não explicada, o delegado federal Everaldo Eguchi procurou consolo e apoio de um dos homens mais envolvidos em escândalos de corrupção no país. Leia aqui.

Em defesa do delegado da Polícia Federal paraense, o ex-deputado Roberto Jefferson, atual presidente nacional do PTB, usou frases com apelo religioso para defender Eguchi e culpar a batida da PF na casa do amigo, como uma ação política de um “demônio”, em referência ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

A fala de ambos, exibida em um vídeo publicado nas rede sociais, não trás nenhuma prova ou indício de veracidade e acaba colocando ainda mais em descrédito os argumentos já tão combalidos, do homem que quase é eleito prefeito de Belém em 2020 e agora vê sua imagem pública se esfarelando, diante de um fato incontestável: A acusação de envolvimento em práticas de corrupção, o que ele sempre alegou ser contra, por ser um policial federal exemplar.

Isso se dá porque o delegado afastado da Polícia Federal, Everaldo Eguchi sabe do estrago que as investigações da própria PF causam em suas pretensões eleitorais e, por isso, apela para Roberto Jefferson, um dos primeiros a delatar e ter o mandato de deputado cassado em 2005, após o escândalo do “Mensalão”. De lá pra cá, o político carioca nunca mais foi eleito a nenhum cargo político, limitando-se a presidir o PTB.

A narrativa usada pela dupla Eguchi/Jefferson é que o mandato de busca e apreensão, determinado pelo Ministério Público Federal e cumprido pela Polícia Federal foi orquestrado pelos “poderosos” do Pará, insinuando a interferência do “Demônio”, sendo que Eguchi, para Roberto Jefferson seria um “Apóstolo do Bem”, sendo perseguido pelo governador do Pará.

Assim, Eguchi levanta grave suspeita contra a própria instituição que ainda faz parte, pois se a PF age sob interferência política, ela já não cumpre seu papel institucional, que é de zelar pelas leis e atuar de forma isenta, em relação aos políticos e governantes brasileiros. A estratégia não parece ser a mais inteligente e pode acabar comprometendo ainda mais a permanência de Everaldo Eguchi entre os quadros da PF.

Com a palavra, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, instituições responsáveis pela busca e apreensão na casa do delegado Eguchi e empresários acusados de práticas ilegais.

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