Fotos e vídeos agitam as redes sociais, nesta noite de domingo, 23.
As cenas foram registradas no condôminio de luxo Lago Azul, localizado na Rodovia BR 316, em Ananindeua, onde reside entre outros figurões, o governador Helder Barbalho (MDB).
Mataram o peixe com pau e enxada. Mataram, com pau e enxada, diante de uma placa “Pesque e solte”. Mataram, com pau e enxada, no lago condomínio Lago Azul, em Ananindeua. Eu e família em choque, acionamos o policiamento interno. pic.twitter.com/KP8Oxi8UJT
— Venho de Aruanda (@erikamorhy) January 24, 2022
Em um comentário na mesma postagem, a autora do post, a jornalista Erika Morhy complementa: “Carlito Begot, um dos que golpeou o peixe, ouviu nossa denúncia e disse, à distância, ter devolvido o bicho pro lago… isto já não vimos nem filmamos, porque havia uma criança de 4 anos conosco precisando de distância da barbaridade.”
E interagindo com outros internautas, a jornalista fez outros comentários.
“Mal conseguíamos tomar atitude, tamanha a raiva e o estarrecimento com a barbárie! Nossa voz – minha e da minha irmã – tremia relatando para a vigilância e pedindo providências. Horror!
Espirrava sangue dos olhos desses bolsonaristas. Bizarro demais”.
Um dos participantes da pescaria é Carlito Begot (PSD), ex-prefeito de Ananindeua, na gestão de Manoel Pioneiro (PSDB) e que disputou as eleições de 2020 para prefeito do município, tendo ficado em terceiro colocado, com 8,81% dos votos válidos, quando o até então Deputado Estadual Dr. Daniel Santos (MDB) acabou vitorioso, com 67,70% dos votos.
Em plena campanha eleitoral, Carlito Begot foi acusado de agredir, sequestrar e ameaçar de morte uma mulher em Ananindeua.
Carlito Begot também foi denunciado ao TRE, que recebeu denúncia sobre uma Fake News, supostamente criada por pessoas ligadas ao candidato, nas eleições municipais de 2020.


Memes viralizam nas redes sociais


O Pirarucu: o gigante das águas doces
Segundo a Wikipédia, o pirarucu (nome científico: Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de águas doces fluviais e lacustres do Brasil. Pode atingir três metros e vinte centímetros e seu peso pode ir até 330 kg. É um peixe que é encontrado geralmente na bacia Amazônica, mais especificamente nas áreas de várzea, onde as águas são mais calmas. Costuma viver em lagos e rios de águas claras e ligeiramente alcalinas com temperaturas que variam de 24 a 37 °C, não sendo encontrado em zona de fortes correntezas e águas ricas em sedimentos.
É conhecido também como o bacalhau da Amazônia. Seu nome se originou de dois termos tupis: pirá, “peixe” e urucum, “vermelho”, devido à cor de sua cauda.
Risco de extinção
O WWF-Brasil, organização da sociedade civil brasileira, apartidária e sem fins lucrativos que trabalha em defesa da vida, com forte atuação contra a degradação socioambiental, diz em uma matéria especial sobre a espécie, que com o aumento da pesca comercial nas últimas décadas, os estoques pesqueiros vêm sofrendo uma pressão cada vez mais intensa. Isso gera impacto nas populações das principais espécies comerciais, como o pirarucu.
A espécie corre risco de extinção devido à pesca predatória praticada ao longo de muitos anos. A reprodução natural do peixe é insuficiente para repor o número de pirarucus pescados. A exploração não sustentável fez com que o Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – criasse em 2004 uma Instrução Normativa que regulamenta a pesca do pirarucu na Amazônia, proibindo-a em alguns meses do ano e estabelecendo tamanhos mínimos para pesca e comercialização da espécie.
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