De chapéu de vaqueiro, Jair Bolsonaro discursou depois de ter sido recebido por apoiadores em Marabá, que desde o aeroporto foram saudá-lo e o seguiram em uma motociata, até o Parque de Exposição da cidade, onde o presidente fez a entrega de 1.400 títulos de propriedades rurais. Lá, Bolsonaro determinou a retirada de um cercado que mantinha os participantes um pouco distante do palco onde ele estava e discursou.
Desrespeitando o decreto estadual 800/2020, que tornou obrigatório o uso de máscaras em ambientes públicos para evitar a proliferação da Covid, Jair Bolsonaro mostrou que não teme quaisquer represália e que está acima de Deus e do Brasil.
A atual propaganda do Ministério da Saúde, sobre os cuidados que a população deve ter no enfrentamento à COVID-19, difundida a preço de ouro, em diversos veículos de imprensa são rasgadas de forma escancarada, sem que as demais autoridades tomem medidas que mostrem que não é só o cidadão comum que está obrigado a seguir as leis.
Todas as recomendações sobre prevenção e distanciamento social representam quase nada diante da vontade de Bolsonaro, já que em suas aparições públicas, o líder político de nossa nação faz questão de agir ao avesso do que autoridades da saúde recomendam por causa da pandemia, que está prestes a completar há um ano e meio, desde o primeiro caso confirmado no Brasil e já matou quase meio milhão de brasileiros.
DESPREZO AOS DECRETOS ESTADUAL E MUNICIPAL
Marabá é um dos municípios da região sudeste do Pará que estão enquadrados na bandeira amarela no Pará. Nesses municípios, todos devem respeitar o limite máximo de 200 pessoas para eventos públicos ou privados, de acordo com o artigo 16 do decreto estadual 800/2020, assinado pelo governador Helder Barbalho (MDB).
A Secretaria Municipal de Marabá publicou seu último boletim epidemiológico nesta quinta-feira (17), demostrando que o município tem 18.732 casos confirmados e 424 óbitos causados pela Covid-19.
De Marabá, Bolsonaro seguiu para o município de Novo Repartimento onde participa de um ato público para anunciar a liberação do asfaltamento de 102 quilômetros da rodovia Transamazônica (BR-230) e assina a ordem de serviço para o início das obras da ponte sobre o rio Xingu.
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