terça-feira, junho 6, 2023
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“Bem que os filhos do governador poderiam estudar aqui”, diz professora de escola caindo aos pedaços

Referência de boa localização e índices de aprovação elevados no vestibular, a Escola Estadual Pedro Amazonas Pedroso está literalmente abandonada pelo governo de Helder Barbalho, que torra milhões com uma propaganda que contrasta com a realidade vivida pela população paraense.

Alunos e professores da escola Pedro Amazonas Pedroso, localizada na av. Almirante Barroso, reclamam da falta de estrutura para a realização cotidiana do processo de ensino-aprendizado. Somente uma parte da escola pode ser usada com segurança. 40% das salas de aula não estão em condições de funcionamento, com forros caindo aos pedaços, marcas de fogo, sem luminárias e outros problemas. Diante da precariedade da infraestrutura, as turmas funcionam em sistema de rodízio desde o início do ano letivo 2023.

“Há negligência por parte da secretaria estadual de Educação, pois inclusive diversos aparelhos de ar condicionado chegaram na escola há duas semanas e até o momento continuam parados no pátio da escola, sem previsão de instalação”, reclama um aluno. O problema seria uma falta de entendimento entre a secretaria estadual de Educação e a empresa que deveria realizar as instalações.

Estudantes do 1º e 2º ano se revezam em dias da semana para poder estudar. Enquanto uma turma tem aula, outras aguardam vez. “A situação tá ficando insuportável e os estudantes já estão organizando manifestações para essa semana”, nos disse hoje uma aluna do 2º ano do Pedro Pedroso.

Infelizmente, este parece ser mais um caso de negligência da Seduc com alunos da rede de ensino estadual, matriculados numa escola tradicional de Belém. E às turmas mais prejudicadas da escola, que estão pedindo apenas condições minimamente satisfatórias para estudar, só resta protestar. A qualquer momento, provavelmente eles fecharão a Almirante Barroso, a mais importante via de ligação da entrada de Belém à área central e outros bairros, causando congestionamentos e outros transtornos ao já complicado trânsito da capital paraense.É o meio que encontraram para chamar a atenção das autoridades.

Isso tudo poderia ser evitado se alguém da Seduc tivesse um pouco de atenção com o que está acontecendo e determinasse a realização imediata dos serviços de reforma das salas e instalação dos aparelhos de climatização do ambiente. “As salas ficam insuportavelmente quentes em dias de sol e muito abafadas, quando chove”, reclamam os professores e alunos.

Uma professora que entrou em contato com nosso portal fez a sugestão que usamos no título desta matéria: “Bem que os filhos do governador poderiam estudar aqui”.

Dois, dos três filhos do governador Helder Barbalho estudam em uma estruturada escola militar em Belém. Escolas Militares se tornaram alvo de críticas por parte de militantes de esquerda, os quais Helder é hoje o principal líder político no Pará.

Enquanto isso, as escolas públicas estaduais e municipais em Belém, padecem com a gestão do governador Helder e do prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), sem se ouvir falar nada por parte dos militantes dos partidos de esquerda, que antes gritavam e faziam piquete e fechavam as ruas da capital, dizendo lutar por uma educação pública e de qualidade.

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