terça-feira, março 21, 2023
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Ambulâncias fazem fila no Hospital de Campanha. “Atendimento é péssimo”, diz enfermeiro

Na madrugada desta sexta-feira, 24, dia em que o Hospital de Campanha de Belém, completa duas semanas de inaugurado, um vídeo enviado à redação do portal de notícias Amazon Live revela a realidade do atendimento de quem chega no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em busca de socorro.

Não se trata de pessoas enviadas aleatoriamente e sim de pacientes que já foram diagnosticados e atendidos nos hospitais de portas abertas e lá foram registrados pela regulação, setor da área da saúde pública, responsável pela triagem e avaliação de quem será recebido nos hospitais de média e alta complexidade, sobretudo naqueles de referência para o tratamento da COVID-19, como foi concebido o hospital de campanha montado no Hangar.

Nas imagens é possível ver dezenas de ambulâncias lotadas com pacientes aguardando para serem atendidos nos 420 leitos que o governo do Estado anunciou que existem no local.

As cenas contradizem as imagens exibidas pelo governador Helder Barbalho, na noite desta quinta-feira, onde é possível ver uma ambulância desembarcando um paciente, cercado de uma equipe de saúde.

Para o enfermeiro que nos enviou o vídeo, a cena exibida pelo governador “só pode ter sido combinada para sair na mídia, pois quando chegamos aqui (no hospital de campanha), esperamos no mínimo uma hora para seremos atendidos. Dá pena e uma angústia ver os pacientes com falta de ar, muitos deles chorando e revoltados pela demora”, desabafa o profissional de saúde que prefere não ser identificado. “Não tem o leito preparado e nem pessoas para receber os pacientes, infelizmente”, conclui.

Segundo o próprio governo do Estado, mais de 100 milhões de reais estão sendo empregados só na gestão desses hospitais de campanha. Foram mais de 17 milhões só na montagem, que ainda se percebe deficitária e incompleta. Tudo com dispensa de licitação nas compras de equipamentos e materiais de consumo com preços exorbitantes, muitos deles sem a transparência e a economicidade necessária no gasto dos recursos públicos.

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