sábado, março 25, 2023
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Aldo Rebelo revela interesses ocultos sobre a Amazônia, como na mineração ilegal em terras indígenas

"A amazônia é tratada como se fosse uma colônia do Brasil", disse o ex-ministro Aldo Rebelo, ao participar do PODERCAST com Diógenes Brandao, direto do Palácio da Agricultura, que trouxe pontos imprescindíveis ao debate emergente sobre Crédito de Carbono, Mineração Ilegal, sobretudo em terras indígenas, biopirataria e a cobiça internacional sobre os recursos e a biodiversidade da Amazônia, que acabam impedindo o desenvolvimento sustentável e a legalização do uso das riquezas brasileiras pelo povo brasileiro.

Entrevistado por Diógenes Brandão na edição especial do PODERCAST, direto do Palácio da Agricultura, sede da FEAPA – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará, o ex-ministro Aldo Rebelo destacou importantes aspectos sobre a cobiça em relação à Amazônia, sobretudo pelo potencial energético e mineral, já que somos o maior banco genético de biodiversidade do planeta e um dos locais mais explorados pela biopirataria, pelo trabalho escravo e a extração ilegaal de ouro, entre outros insumos nobres.

“O Brasil precisa participar desse debate no mundo, mas sabendo que há interesses que não são apenas os interesses humanitários. Há outros interesses que são geopolíticos e comerciais e que vão exigir muita dedicação da diplomacia e da área de defesa do nosso país”, acrescentou Aldo em sua palestra e na entrevista especialmente concedida ao PODERCAST, com Diógenes Brandão.

Assista:

Ao destacar que a Amazônia ocupa a posição número 01 da agenda geopolítica do mundo, porque tem 30% da biodiversidade mundial, ele afirmou que “bloquear a infraestrutura na Amazônia é bloquear a produção”.

Aldo Rebelo disse ainda que “o bloqueio da Amazônia é o bloqueio do Brasil”.

Ele defendeu um amplo debate sobre a Amazônia e uma espécie de “inventário” sobre a região, que na sua visão, “é pouca compreendida”. Segundo o ex-ministro, “esse inventário revelará todos os detalhes de recursos naturais e da biodiversidade da Amazônia e o que é de responsabilidade do Brasil e de outros países sobre preservação. Esse inventário ajudará a dizer o que representa a Amazônia para o mundo, mas não ser considerada apenas um passivo. A Amazônia pode muito bem receber indústrias, o comércio e o setor produtivo, sem prejudicar o meio ambiente. Mas a resistência vem de fora porque há muitos interesses escusos por trás disso”, ressaltou o ex-deputado e jornalista.

Para o ex-presidente da Câmara dos Deputados, “o mesmo Estado que incentivou o povo a deixar o sul, sudeste, nordeste e centro-oeste na década de 1970 para ocupar a Amazônia para integrar e não entregar é o mesmo que hoje trata o setor produtivo da região como bandido” e acrescentou: “Quem devia ser protegido e fortalecido é perseguido”.

Pará
O ex-ministro afirmou ainda que o Pará tem um futuro brilhante pela frente por ter um potencial agropecuário muito grande. “O Pará hoje tem o segundo maior rebanho bovino do Brasil e é o maior produtor de cacau do país, entre outras culturas em destaque como açaí, dendê, além da produção mineral. O Pará tem a fronteira agropecuária mais avançada do mundo e o estado puxa o desenvolvimento da Amazônia. O Pará tem fronteiras promissoras em todas as áreas”, disse ele.

Aldo Rebelo deixou uma questão no ar: “Se a Amazônia não pode ter indústria e o setor produtivo não pode se desenvolver, para onde irão os jovens estudantes de zootecnia, medicina veterinária e engenharia florestal da região após se formarem, já que a pecuária e a agricultura são proibidas e penalizadas pelo governo? Bloquear o setor produtivo chega a ser esquizofrênico”.

O Quinto Movimento
A palestra do ex-ministro Aldo Rebelo foi realizada após a reeleição do presidente Carlos Xavier para mais um mandato de 4 anos à frente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (FAEPA).

Depois da palestra, Aldo Rebelo autografou bastante exemplares do seu mais recente livro “O Quinto Movimento – Propostas para uma construção inacabada”, da Já Editora, de Porto Alegre (RS), editado com o apoio do Instituto José Bonifácio e com gestão e produção editorial da Anima Editora Ltda.

“Este livro é um depoimento sobre a centralidade da Questão Nacional, como principiei compreendê-la desde minha formação e na história da formação social brasileira. É também uma reflexão sobre o Quinto Movimento, como denomino as iniciativas necessárias à retomada da construção material e espiritual da nossa Pátria. Centralidade de Questão Nacional é a ideia de que a Nação é o eixo organizador da vida social na presente etapa da história da civilização; a convicção segundo a qual o Estado Nacional é a organização apta a proteger os valores da dignidade da pessoa humana e a crença na certeza de que viver em um país livre de qualquer submissão a outro país é o mais sagrado dos direitos do homem depois do direito da vida”, diz Aldo Rebelo na apresentação do livro “O Quinto Movimento – Propostas para construção inacabada”. E ele já prepara outro sobre suas viagens pela Amazônia.

“O papel da Amazônia é prover o Brasil de recursos para as futuras gerações. A Amazônia tem a maior fronteira mineral do mundo, tem a maior reserva de água doce, a maior reserva de biodiversidade e tem um futuro na produção da agricultura e da pecuária. Com todos esses recursos somados, ela pode oferecer ao Brasil e aos amazônidas os meios de sobrevivência que hoje estão bloqueados e imobilizados”, afirma Rebelo, que já foi ministro da Defesa, da Ciência e Tecnologia e dos Esportes.

Com informações de diogenesbrandao.com, OLiberal e Lima Rodrigues.

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