Durante o governo Dilma, Anivaldo Vale assumiu a Diretoria Executiva do Ministério dos Transportes, indicado por seu partido, o então PR – Partido da República e nessa condição, articulou para o Pará, 12 (doze) instalações portuárias, distribuindo-as estrategicamente por todo estado, reservando uma delas para a Ilha do Mosqueiro, um dos distritos administrativos de Belém, que durante toda sua história, nunca tinha tido nada parecido, tendo apenas um rústico e antigo trapiche de madeira.
A obra seguiu de forma lenta por todo governo Bolsonaro e sua conclusão só ocorreu agora, no início do terceiro governo Lula, sendo inaugurado na última segunda-feira (01), na ilha de Mosqueiro. O investimento do governo federal no novo terminal foi de cerca de R$ 7 milhões. A estrutura tem a capacidade de atender 27 mil pessoas e já inicia com a linha Soure – Marajó – Belém, com a passagem custando R$ 26.








Substituindo o velho trapiche de madeira, próximo à praça Matriz, no bairro da Vila, o Terminal Hidroviário também fará a linha direta Belém – Mosqueiro – Belém, a qual está em estudo de viabilidade, podendo ser colocada em operação até o final de maio deste ano, segundo a Prefeitura de Belém.
INAUGURAÇÃO E INGRATIDÃO
Fazendo questão de participar de inaugurações até de muro de escola e de pontes de madeira, o governador Helder Barbalho esteve por lá com sua equipe de comunicação e marketing fazendo o que melhor sabe fazer: autopropaganda de si mesmo, neste caso, com obra alheia.
Em seu discurso durante a inaguração do novo terminal, Helder voltou a se vangloriar e se jogar confetes, como de praxes, ignorando o protagonismo de Anivaldo Vale, sem o qual, nossa bucólica Mosqueiro, provavalmente não teria sido aquinhoada para receber esta importante e estratégica obra federal e assim o povo paraense continuaria não tendo o agora tão propalado, novo e moderno terminal hidroviário.
Eleito deputado federal pelo Pará por três vezes consecutivas de 1995 a 2003, além de ser vice-prefeito de Belém de 2009 a 2012, ex-presidente do Banco da Amazônia e também foi candidato a governador do Pará. Anivaldo Vale morreu em Março de 2022, em Belém, aos 78 anos.
Para amigos e políticos ouvidos, o mínimo, por justo reconhecimento, homenagem e gratidão, era nominar o novo Terminal Hidroviário de Mosqueiro com o nome de Anivaldo Vale.
Com fotos de Marco Santos / Agência Pará.
Leia também:
A propaganda milionária e as obras que Helder Barbalho não começa e nem termina
Em uma semana, Helder Barbalho endividou o estado em mais de 2,3 bilhões