BELÉM DAS NOVAS INDICAÇÕES
A ex-vereadora de apenas um mandato, atual Secretária Municipal de Saneamento, Ivanize Gasparim (PT) já deve ter sido avisada que será substituída pelo staff do prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL). A decisão de quem assumirá o lugar da petista – que está desde o início da terceira gestão do psolista – será tomada depois das nomeações do governo LULA e Helder Barbalho, mas fontes do nosso portal indicam que a briga pela SESAN tem como fortes padrinhos, a futura ex-deputada estadual Marinor Brito (PSOL) e o futuro ex-senador Paulo Rocha (PT), que tem muita gente de seu grupo querendo o espaço. Tanto Marinor Brito, quanto Paulo Rocha estarão sem mandato parlamentar, a partir do dia 31 de Dezembro.
Vale lembrar que Ivanize Gasparim é indicada do deputado federal, que acabou de ser eleito senador pelo PT, Beto Faro, presidente do diretório estadual do PT e que não dá um passo sem ouvir a opinião de Helder Barbalho, que por sua vez indicou o seu homem de confiança, Josenir Nascimento, o neo-petista que sofre por total desprezo no PT, partido em que foi filiado dias antes de ser indicado como suplente de Beto Faro. Imposto como suplente do senado, Josenir foi responsável por boa parte das articulações que deram a Beto a vitória, em um disputa acirrada contra Mário Couto (PL) e Manoel Pioneiro (PSDB), seus principais concorrentes nestas eleições para o senado.
GOVERNO LULA E OS INDICADOS PARA TRANSIÇÃO
Outro detalhe preciso nessa revelação é que Beto Faro não tem nenhum dos seus quadros na lista de indicados aprovados pelo staff da transição, coordenada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Beto reforçou a indicação de nomes propostos pelo grupo do deputado federal Airton Faleiro (PT) e Zé Geraldo, ex-deputado federal do Partido dos Trabalhadores, mas ficou nisso.
Entre os 16 nomes que compõem a lista dos quadros políticos do Pará que farão parte da equipe de transição da gestão Bolsonaro/Lula, o que não significa que farão parte do governo automaticamente, a presença de apadrinhados que sempre fizeram parte da Unidade na Luta, grupo interno do PT paraense, que tem o senador Paulo Rocha como líder, revela entre outras coisas, que a liderança local de Beto, com apoio de Helder, não se replica no cenário nacional, junto a Lula.
Apoiadores de Paulo Rocha, que deixa de ser senador (após gozar de apenas um mandato) a partir do dia 31 de Dezembro, dizem que o petista poderá ocupar um ministério no próximo governo Lula, que começa a ser montado, assim como pode assumir uma autarquia de peso na Amazônia, como a SUDAM, cobiçada pelo MDB de Helder e Jader Barbalho, que também deverão receber bons cargos federais, como um Ministério e outros órgãos.
Paulo Rocha também cumpre um importante papel ainda como senador e líder do PT no senado: convenver seus colegas senadores, inclusive da base bolsonarista, a aprovar o texto da PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição na CCJ e no plenário do Senado no mesmo dia, na última semana do mês de novembro.
Petistas afirmam que é preciso garantir votação expressiva na comissão para que a PEC seja levada ao plenário à tarde com força.
A tarefa de conversar com os senadores foi dividida entre o líder da sigla no Senado, Paulo Rocha (PT-PA), o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) —escalado para negociar o Orçamento de 2023— e o senador Jaques Wagner (PT-BA).
AS NOVAS IDEIAS DO PSOL EM BELÉM
Na Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém – CODEM – a substituição de Lélio Costa (PCdoB) é tida como certa. Lélio já não é mais suportado e nem “bancado” pela direção do seu partido junto ao PSOL e muito menos pela cúpula do partido de Edmilson Rodrigues, que esperava que ele fosse mais fiel nas eleições deste ano, onde o comunista preferiu acompanhar as orientações de Jader Barbalho, do que cumprir o “acordo” dele apoiar Marinor Brito como deputada federal, que acabou não sendo eleita.
Há quem diga que Lélio espera ser indicado pelo senador Jader barbalho como chefe da Superintendência do Patrimônio da União no Pará, onde já comandou, nos governos do PT e que agora depois da eleição de Lula, espera que seu nome seja apresentado pelo senador medebista.
A QUEBRA DE ACORDO ENTRE HELDER E EDMILSON
Na Câmara Municipal de Belém, a eleição para escolha do novo presidente realizada no dia 13 do mês passado, foi simbólica e ao mesmo tempo surpreendeu e aborreceu o comando do PSOL e da prefeitura de Belém.
Se para ser eleito prefeito, naquela disputa eleitoral municipal apertada de 2020, com o delegado Everaldo Eguchi, Edmilson Rodrigues (PSOL) teve que fazer pactos e acordos com Deus e o diabo. Agora a conta chegou e aquilo que era para acontecer, não aconteceu.
Explico: No acordo com seus neo-apoiadores, nos dois primeiros anos de seu 3º mandato como prefeito de Belém, a Câmara Municipal de Belém seria e foi comandada por Zeca Pirão (MDB), indicação do governador Helder Barbalho e depois, em 2022, Edmilson apontaria o presidente para os dois outros anos seguintes.
SAL NO EDMILSON
O nome de Edmilson para a presidência da CMB era do vereador Allan Pombo (PDT) que acabou tendo que se contentar com o cargo de 1° Secretário da nova Mesa Diretora, já que o novo presidente eleito por unanimidade foi o vereador John Wayne (MDB), quem assumirá o cargo a partir do dia 1º de janeiro de 2023 e terá poder de, entre outras coisas, convocar secretários, assim como o prefeito para explicar denúncias de irregularidas e até abrir CPIs, como se comenta que pode começar a ocorrer a partir do ano que vem.

Muita gente pode achar que Helder esteja quebrando acordo sem razão, mas há também quem afirme que o MDB sentiu-se à vontade para não manter o combinado, já que Edmilson não manteve o acordo anterior: de segurar o PSOL e impedir que o partido lançasse candidatura ao governo do Estado.
Se bem que, 10 entre 10 analistas políticos consideram que o candidato apresentado pelo PSOL nas eleições para o governo, não passava de mais um laranja.
No próximo artigo, daremos continuidade nas informações obtidas nos bastidores da cena política local.
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