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25/12/2022 – Deu na imprensa: Um boletim da Fundação Perseu Abramo

Nas manchetes dos jornais brasileiros, as notícias vão do desejo do PT de emplacar Fernando Haddad no Ministério da Fazenda — o site Forum dá a decisão como certa —, passando pela posição dos militares sobre antecipar a transferência de comando das forças. 

Na imprensa internacional, destaque para a revelação do Washington Post de que Donald Trump e Steve Bannon estão aconselhando Bolsonaro a instigar apoiadores a manter contestação do resultado eleitoral de outubro, que deu a vitória na campanha presidencial a Lula. No mais, a vitória da seleção brasileira em sua estreia na Copa do Catar é o grande assunto sobre o país na imprensa gringa.

Mas eis os destaques dos principais impressos. 

FolhaPT quer dobradinha de Haddad e Persio na área econômicaEstadãoCúpula militar quer passar comando já em dezembro a nomeados por Lula. O GloboPT discute anunciar ministro da Fazenda para destravar PEC

ValorJuro alto inibe promoções do varejo na Black Friday.Nas revistas semanais, a ameaça permanente de golpe, a reação do TSE às manobras do Palácio do Planalto e as ações judiciais que o presidente enfrenta na Justiça são os temas principais.

A revista Focus, editada pela Fundação Perseu Abramo, volta a circular e coloca a eleição de Lula  na capa da edição que começa a circular nesta sexta.

Focus BrasilLula é a vitória da esperança. “Com 60 milhões de votos, o presidente triunfa sobre o atraso e a etrema direita, e renova as expectativas do povo brasileiro de um governo amplo, democrático e que promova o desenvolvimento com justiça social”, diz a publicação. A revista ainda traz entrevista do professor José Luiz Fiori, que aborda como a vitória de Lula terá impacto no cenário internacional, e faz um balanço da viagem de Lula ao Egito.

A revista Carta Capital revela a tensão crescente em Brasília por conta da má conduta de alguns generais. A manchete é dura e direta: Chantagem fardada“Os militares insuflam o golpismo, enquanto barganham regalias e um salvo-conduto na transição”, sublinha.

Já IstoÉ mostra os problemas que aguardam o presidente Hora da Justiça“Jair Bolsonaro enfrenta pelo menos 28 processos que podem levá-lo à cadeia após deixar o governo. O medo da punição explica o seu silêncio nos últimos dias”, reporta. Nesta edição, o entrevistado é Carlinhos Brown: “Temos de lutar por Brasil para todos”. 

Veja anuncia a União Suprema que Bolsonaro conseguiu promover na cúpula do Judiciário. “Respostas duras como a de Alexandre de Moraes contra a pretensão do PL de anular a eleição são apoiadas pela maioria esmagadora dos ministros do STF, que deixaram as divergências de lado para combater todas as tentativas de ruptura institucional”. A revista da editora Abril ainda trata do comportamento pernicioso do presidente da República: Silêncio conivente de Bolsonaro alimenta perigoso clima de confronto“Já as declarações de assessores do capitão ajudaram a fortalecer toda sorte de aspirações golpistas”, resume. 

Nas semanais estrangeiras, a Economist diz que a contestação à vitória de Lula tentada pelo presidente derrotado na Justiça Eleitoral é “choro de perdedor”. O desafio de Jair Bolsonaro à eleição do Brasil foi rejeitado — aponta a revista no título da reportagem. “A denúncia ocorreu três semanas depois de ele ter perdido a eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva”, ressalta.

De volta à imprensa brasileira, jornais relatam que PP e Republicanos negam relação com golpismo de Valdemar e isolam partido de Bolsonaro. Valdemar Costa Neto vai ter de encarar sozinho a cobrança do TSE, que impôs multa ao PL que representa 46% do fundo partidário já recebido pela legenda em 2022. Enquanto isso, Bolsonaro se reúne com comandantes das Forças Armadas para tratar da ação contra as urnas.

No Congresso, Estadão informa que aliados de Bolsonaro vão pedir o impeachment do ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo, e querem abrir uma CPI contra ministros do STF e TSE. Senadores que apoiam o presidente acusam ministro Barroso de atuar sem isenção e ser próximo ao advogado de Lula. A Coluna do Estadão diz que Rodrigo Pacheco já tem desenhada estratégia para barrar eventuais CPIs contra o Judiciário no Senado.

Ainda na cobertura política, jornalões mostram a bateção de cabeça dentro do PT, com Gleisi Hoffmann e Jaques Wagner discordando sobre as negociações em torno da PEC de Transição. Enquanto Jaques cobra definição do nome do ministro da Fazenda, Gleisi diz que falta articulação no Senado para fazer a proposta avançar.

Folha diz que PT quer dobradinha de Haddad e Persio Arida na área econômica, mas o pai do Plano Real hesita. “Cotado para a Fazenda, petista participa de almoço com banqueiros; intenção do partido é anunciar os nomes ao mesmo tempo”, aponta o jornal, que também revela um novo cálculo da transição que reduziria a margem do gasto extra-teto em 2023 de R$ 198 bilhões para R$ 150 bilhões

Os problemas que se avolumam no horizonte do governo são abordados por dois dos principais colunistas de economia. Na FolhaVinícius Torres Freire comenta: Problemas com a PEC criam crise no PT e elevam pressão pela escolha de ministrosMíriam Leitão bate na mesma tecla, no GloboEquipe de transição diverge e PEC fica parada no mesmo ponto.

E as críticas à PEC continuam. No Valor, um dos criadores da Lei de Responsabilidade Fiscal, José Roberto Afonso critica o uso de PEC para o pagamento de benefício social. “Seria melhor abrir um crédito extraordinário para situações ‘urgentes’, como o combate à fome e à miséria”, sugere. Sobre este tema da âncora fiscal, Cláudia Safatle aborda, em sua coluna no Valor, o exemplo que vem do Chile. “Só com reponsabilidade fiscal é que se pode pensar em responsabilidade social, como ensina Ricardo Lagos”, opina.

Reportagem do Washington Post relata que o ex-presidente dos Estados Unidos tem insuflado o líder da extrema-direita brasileira a manter a ofensiva contra a Justiça Eleitoral. Trump, Bannon e Miller aconselham os Bolsonaros sobre os próximos passos“Alguns aliados e assessores querem que o presidente brasileiro conteste sua derrota eleitoral para Lula. Outros querem uma luta global pela liberdade de expressão”, informam Elizabeth Dwoskin e Gabriela Sá Pessoa.

De acordo com o jornal, Eduardo Bolsonaro visitou a Flórida desde a votação de 30 de outubro, encontrando-se com Trump em Mar-a-Lago e traçando estratégias com outros aliados políticos por telefone. Ele conversou com o ex-estrategista de Trump, Stephen K. Bannon, que estava no Arizona auxiliando a campanha do candidato a governador do Partido Republicano, Kari Lake, sobre o poder dos protestos pró-Bolsonaro e possíveis desafios aos resultados das eleições brasileiras. Ainda almoçou no sul da Flórida com o ex-porta-voz da campanha de Trump, Jason Miller, agora CEO da empresa de mídia social Gettr. Eles discutiram a censura online e a liberdade de expressão.

“A direita brasileira tem algumas vantagens neste novo ano, quando o ex-presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva assumirá o cargo. Enquanto Bolsonaro perdia, seu partido e aliados ganhavam no Congresso e nos governos. Dezenas de milhares de seus apoiadores continuam acampados fora de bases militares em mais de 20 cidades, alguns pedindo aos comandantes que intervenham na votação”, diz o texto. 

O argentino Clarín traz artigo de Marcelo Cantelmi descrevendo as dificuldades que o novo presidente do Brasil está enfrentando. No artigo intitulado Transição Bolsonaro-Lula: turbulências na frente brasileira, o jornalista diz que “o  caminho no Brasil para a assunção do líder do PT não deixa de se complicar pelas tensões com o mercado e pela atitude desafiadora e provocadora do presidente”.

“Não há lua de mel, nem paciência, nem boas maneiras. Não haverá. Uma chuva de pretensões ácidas começou a cair sobre Luiz Inácio Lula da Silva muito antes de 1º de janeiro, quando deverá assumir o poder na segunda maior economia do hemisfério”, escreve. “Esse panorama politicamente agressivo amontoa desde uma exagerada reprovação dos mercados para o que virá, até grupos fanatizados com a Bíblia na mão que oram frente aos quarteis por um golpe que derrube o novo presidente antes de seu juramento”. 

No Le Monde, artigo de Bruno Meyerfeld descreve os “estranhos protestos dos apoiadores mais radicais” de Jair Bolsonaro“Rezas místicas, hino nacional em frente a um pneu… A derrota do presidente de extrema-direita contra Lula veio atestar o estado psicológico, considerado por alguns preocupante, daqueles que ainda não saem das ruas há quase um mês”, escreve.

O jornal Página 12, da Argentina, repercute a decisão da Justiça Eleitoral de multar o partido de Bolsonaro em mais de US$ 4 milhões. Segundo o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, a atuação do partido de Bolsonaro, que apresentou requerimento questionando a confiabilidade de 61% das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições, não apresenta nenhum indício ou indício de fraude que justifique a reavaliação de parte dos votos registrados nas urnas.

No britânico Guardian, reportagem diz que a esquerda brasileira espera recuperar a camisa da Seleção de Futebol, capturada pelos bolsonarismo há mais de quatro anos. “O presidente eleito Lula assistiu ao jogo da Copa do Mundo desta quinta-feira vestindo um canarinho”, destaca.

Outro texto, de autoria de ativistas indígenas brasileiros publicado na seção Tribuna, do Le Monde, relata que as empresas francesas devem fazer sua parte contra o desmatamento no Brasil“Enquanto a Unesco dá as boas-vindas, nos dias 25 e 26 de novembro, a vários representantes das populações indígenas que vêm testemunhar sobre a urgência da proteção das florestas, ONGs e parlamentares, Julien Bayou e Leïla Chaibi cobram a maior responsabilidade das empresas agroindustriais francesas no desmatamento no Brasil”, anuncia o jornal.

INTERNACIONAL

O agravamento da guerra na Ucrânia, com o bombardeio russo que deixa o país sem energia elétrica, ganha as manchetes dos principais jornais do mundo, enquanto a mídia russa tripudia sobre as posições questionáveis de Elon Musk que podem atingir o governo Biden e a Casa Branca. Eis o que há na mídia internacional nesta sexta.

O serviço estatal russo de notícias Sputnik destaca em manchete que Musk é favorável à revogação da censura do Twitter sobre a saga dos laptops de Hunter Biden. O empresário diz que a medida é necessária para ‘restaurar a confiança do público’. “Quando a história sobre o “laptop do inferno” de Hunter Biden apareceu pela primeira vez antes da eleição presidencial de 3 de novembro de 2020, fornecendo um vislumbre dos negócios que supostamente envolviam um esquema obscuro de venda de acesso a Joe Biden — na época vice-presidente de Barack Obama — Facebook e o Twitter uniram forças para abafá-lo como “desinformação russa”. 

New York Times destaca no alto da capa que cirurgiões trabalham no escuro enquanto mísseis atingem a Ucrânia. Sob ataques de mísseis, ucranianos transportam água. “Cada hora está ficando mais difícil”, é o relato de quem está na região. Resumindo: o ataque da Rússia aos serviços essenciais da Ucrânia causou blecautes em hospitais e cortes de energia e água nas cidades.

Washington Post mantém o foco nos desdobramentos da tragédia na Virgínia: Atirador do Walmart descrito como agressivo, zangado, mas motivo incerto“A polícia disse que passou o Dia de Ação de Graças examinando por que um supervisor do Walmart atirou e matou seis colegas de trabalho – concentrando-se pelo menos em parte em um suposto ‘manifesto’ que ele escreveu – como familiares, amigos e colegas de trabalho das vítimas triste no que deveria ter sido um feriado alegre”, descreve.

Wall Street Journal alerta que a recuperação da China é atrasada pelo surto recorde de Covid à medida que os bloqueios se espalham“A perspectiva de que a abordagem de tolerância zero de Pequim ao Covid-19 persista até o próximo ano significa que o mundo não pode confiar na China para ser uma locomotiva do crescimento enquanto as economias dos EUA e da Europa desaceleram”, destaca.

A mídia britânica traz uma diversidade de manchetes, que vão desde a promessa de resistência do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky à ofensiva do Kremlin, no Financial Times, até questões internas no Reino Unido. O Times destaca na manchete que estudantes estrangeiros serão banidos de universidades, a menos que ganhem uma vaga em uma instituição de ponta. E o Guardian mantém na mira o escândalo envolvendo Michelle Mone, parlamentar conservadora, destacando que o caso ganhou péssima repercussão na Câmara dos Comuns.
 
AS MANCHETES DO DIA
Carta Capital: Chantagem fardada. Os militares insuflam o golpismo, enquanto barganham regalias e um salvo-conduto na transição

Focus Brasil: Lula é a vitória da esperança. Com 60 milhões de votos, o presidente triunfa sobre o atraso e a etrema direita, e renova as expectativas do povo brasileiro de um governo amplo, democrático e que promova o desenvolvimento com justiça social.

IstoÉ: Hora da Justiça. Jair Bolsonaro enfrenta pelo menos 28 processos que podem levá-lo à cadeia após deixar o governo. O medo da punição explica o seu silêncio nos últimos dias.

Veja: União Suprema. Respostas duras como a de Alexandre de Moraes contra a pretensão do PL de anular a eleição são apoiadas pela maioria esmagadora dos ministros do STF, que deixaram as divergências de lado para combater todas as tentativas de ruptura institucional.

Folha: PT quer dobradinha de Haddad e Persio na área econômica.

Estadão: Cúpula militar quer passar comando já em dezembro a nomeados por Lula.

O Globo: PT discute anunciar ministro da Fazenda para destravar PEC.

Valor: Juro alto inibe promoções do varejo na Black Friday.

BBC Brasil: Golpista das férias: o agente de luxo acusado de embolsar R$ 1,5 milhões de clientes.

UOL: País de Gales e Irã abrem segunda rodada em busca da primeira vitória.

G1:  Máscara volta a ser obrigatória a partir de hoje em aeroportos e voos.

R7: Em meio à Copa do Mundo, comércio estima venda recorde nesta Black Friday: R$ 4,2 bilhões.

Luís Nassif: IPCA-15 fecha em 0,53%; sem Transportes, seria de 0,76%.

Tijolaço: Os generais querem virar “Valdemar”?.

Brasil 247: Posse de Lula deve ter presença de 150 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.

DCM: Richarlison brilha e Brasil vence Sérvia em sua estreia na Copa do Catar.

Rede Brasil Atual: Richarlison balançou as redes dentro e fora de campo.

Brasil de Fato: BNDES financiou caminhões de empresa investigada por ato golpista.

Ópera Mundi: Venezuela: governo e oposição realizam nova rodada de diálogos após um ano.

Fórum: PT fecha apoio a Lira na Câmara e Haddad será ministro da Fazenda.
Poder 360: Valor de mercado dos bancos ainda é menor do que em 2019.

Congresso em Foco: Richarlison, o voo do “pombo” que se destaca na seleção por suas posições políticas e sociais.

New York Times: Cirurgiões trabalham no escuro enquanto mísseis atingem a Ucrânia.

Washington Post: Nenhuma palavra certa sobre a motivação na Virgína.

WSJ: Recuperação da China é atrasada pelo surto recorde de Covid à medida que os bloqueios se espalham

Financial Times: Zelenskyy promete que a Ucrânia resistirá aos ataques russos às redes de energia.

The Guardian: Deputados pedem investigação sobre contratos de EPI após revelações de Mone.

The Times: Estudantes estrangeiros são banidos de universidades.

Le Monde: Energia: as máquinas da ajuda à renovação.

Libération: Ator Sofiane Bennacer acusado de estupro. O escândalo das “Amandiers”.

El País: Trabalhadores terão cinco dias por ano para cuidar de familiares

La Vanguardia: Sánches se garante perante o legislativo com seu terceiro orçamento.

Diário de Notícias: Jorge Bacelar Gouveia: “Sempre defendi o voto obrigatório” 

Público: Crédito ao consumo alimenta Black Friday mas tem custos “escondidos”.

Clarín: Massa, com empresários: se não baixa a inflação, perdemos as eleições.

Página 12: Hebe da Plaza.

Granma: Fidel, em todas as dimensões da Revolução.

Frankfurt Allgemeine Zeitung: Símbolo da falha.

Süddeutsche Zeitung: O Enciclopedista.

Sputnik: Musk: divulgação da censura do Twitter sobre a saga de laptops de Hunter Biden é necessária para ‘restaurar a confiança do público’.

Russia Today: Rússia revela posição sobre ‘zona segura’ de usina nuclear.

Pravda: Ritter: Os Estados Unidos “tomariam” a Ucrânia em uma semana. O problema é que a Federação Russa não é os EUA.

The Moscow Times: Soldados russos mortos ‘pertencem ao Estado’, diz governador siberiano às mães.

Asia Times: Anwar no topo, mas os riscos são abundantes para seu poder de permanência.

Global Times: China receberá líderes cubanos, mongóis e laosianos consecutivamente.

Diário do Povo: Xi mantém conversas com presidente cubano
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